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Pesquisas mostram relação entre liderança feminina e maior lucro nas empresas


FACCREI - 2025

Segundo dados da OIT, a economia brasileira poderia aumentar em até um quarto com a inclusão de mais mulheres no mercado

Foto: Ilustrativa
As mulheres, que representam 51,1% da população brasileira, ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil

Passada a euforia do Carnaval, março chega e junto com ele, uma data importante no calendário internacional: o Dia das Mulheres, celebrado nesta quarta-feira (8).

Instituída pela primeira vez em 1911, apenas na Áustria, Dinamarca, Alemanha e Suíça, a data até hoje é sinônimo da luta pelos direitos das mulheres e pela igualdade de gêneros, que ainda parece uma realidade distante na maioria dos países.

De acordo com o Global Gender Gap Report 2021 do Fórum Econômico Mundial, o tempo necessário para acabar com a disparidade global de gênero aumentou em uma geração, de 99,5 anos para 135,6 anos.

Entre as tantas pautas que a data levanta e defende, uma delas é a presença de mulheres no mercado de trabalho e, principalmente, em posições de destaque.

Segundo uma pesquisa realizada pela Grant Thornton, as mulheres, que representam 51,1% da população brasileira, ocupam apenas 38% dos cargos de liderança no Brasil. O caminho é longo, mas os avanços já são visíveis. Afinal, este resultado é 13 pontos percentuais superior ao que apontava o estudo anterior, aplicado em 2019.

"Das top 500 Fortune empresas [as 500 maiores empresas estadunidenses de capital aberto], menos de 7% são lideradas por mulheres, tendo apenas duas mulheres negra [Rosalind "Roz" Brewer e Thasunda Brown Duckett] e nenhuma latina neste número. O desafio de equidade de gênero nas empresas está principalmente na alta liderança, mas começa desde o início da carreira. Não se trata apenas de entender que é preciso oferecer as mesmas oportunidades para as profissionais do sexo feminino, mas de mudar de perspectiva e enxergar o potencial que elas têm de contribuir para uma cultura organizacional mais forte", aponta Tatiana Sadala, CEO e co-founder da Todas Group, uma plataforma de aceleração de carreiras femininas que tem parceria com o Pacto Global da ONU.

Muito mais do que uma pauta social, ela defende que a presença ativa de mulheres no mercado de trabalho é sobre resultados de negócio.

"As maiores consultorias e universidades do mundo trazem pesquisas mostrando a correlação de mulheres na liderança com maior lucro, produtividade e inovação. Quando essa tese é colocada em prática observamos que, de fato, quando uma mulher cresce na liderança, os negócios crescem e as empresas também".

Dhafyni Mendes, CMO e co-founder do Todas Group, agrega à conversa os seguintes dados: segundo o estudo da consultoria McKinsey, a presença de mulheres no mercado de trabalho e em cargos de liderança pode gerar um aumento de até US$ 12 trilhões no Produto Interno Bruto (PIB) global até 2025.

No Brasil, o acréscimo seria de cerca de US$ 410 bilhões. Outro dado é da Organização Internacional do Trabalho (OIT) que aponta que a economia brasileira poderia aumentar em até um quarto com a inclusão de mais mulheres no mercado de trabalho. O número até 2025 poderá chegar a R$ 382 bilhões.

"Líderes femininas têm melhor desempenho social, são melhores em reter talentos, trabalhar com empatia, resiliência e visão autêntica para negócios. Podemos afirmar que empresas lideradas pelo sexo feminino se tornam mais admiradas e lucrativas", acrescenta.

No entanto, um alerta vermelho se acende quando o assunto é lideranças sênior. Segundo Tatiana, nos Estados Unidos, a cada uma diretora promovida, duas pedem demissão.

"Por isso, é muito importante alinhar cultura, ambiente, processos e lideranças com essa prontidão das mulheres de assumir novos desafios, para que de fato o resultado dos negócios seja possível através dos talentos femininos na liderança. No mundo e no Brasil novas leis estão sendo discutidas para a questão de equidade de gênero o que é um grande avanço, não só para mulheres como para os negócios e para a sociedade como um todo", pontua.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Revista Vogue
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