Mais um milagre da natureza foi descoberto e preservado no Brasil! Uma rara lagosta azul foi encontrada por um pescador no estado de Alagoas.
Encontrada apenas duas vezes em todo o litoral brasileiro, a lagosta azul foi identificada na costa de Maragogi.
Mal sabe o pescador que teve sorte em achar o animal, porque as chances do crustáceo apresentar essa coloração são de apenas uma em um milhão.
“Esse raro fenômeno é ainda pouco conhecido no Brasil. Em outras espécies de lagostas que não existem no Brasil, mas em países do Atlântico Norte, a ocorrência da cor azul está associada a mutações nos genes responsáveis pela cor característica de cada lagosta”, disse Cláudio Sampaio, pesquisador do Projeto de Pesquisa Ecológica de Longa Duração da Costa dos Corais Alagoas (PELD CCAL), vinculado à Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Segundo o secretário de Turismo de Maragogi, Diego Vasconcelos, o animal foi devolvido à natureza após uma sessão de fotos.
“A [pesca da] lagosta está proibida devido ao período de defeso”, afirmou.
Muito diferente e bela, a lagosta azul só teve apenas dois momentos de aparição na costa brasileira. Em 2019, o animal exótico foi avistado também em Maragogi.
A cidade alagoana foi o único lugar até o momento a presenciar o crustáceo em suas águas.
De acordo com Cláudio Sampaio, biólogo e professor da Universidade Federal do Alagoas (UFAL), ao encontrar um animal dessa espécie as autoridades da área devem ser avisadas.
“Em caso de capturas de novas lagostas azuis — e outros organismos curiosos —, recomenda-se entrar em contato com centros de pesquisa, ONGs e a Universidade”, relata.
Segundo Cláudio, a mutação do animal ocorre nos genes que alteram o pigmento.
Dessa forma, o crustáceo mundialmente conhecido por sua coloração avermelhada pode se tornar azulado. Apesar da origem dessa variação ainda ser desconhecida pelos biólogos.
“Não sabendo das consequências que o animal azulado pode acarretar”, Cláudio afirma que essa beleza é motivo de estudo.
“Pode ser que estejam se reproduzindo, embora as duas capturadas — as únicas conhecidas — eram pequenas e, possivelmente, não tinham atingindo a maturidade sexual”, finaliza o biólogo.