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Turistas na praia após tragédia revoltam moradores: “Não é férias”


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O movimento nas faixas de areia se mantiveram até quarta-feira (22/2), três dias após a tragédia em São Sebastião, no litoral norte de São Paulo

Foto: Reprodução
Turista dança praia São Sebastião enquanto bombeiros buscam sobreviventes

Uma homem dança e se diverte sobre a areia de uma das praias de São Sebastião, com uma bebida na mão esquerda, enquanto bombeiros reviram a lama e os escombros para encontrar vítimas soterradas na encosta do morro, na mesma região do litoral norte paulista.

A imagem foi compartilhada na conta da Prefeitura de São Sebastião em uma rede social na quinta-feira (23/2), quando o número oficial de mortos da tragédia provocada pelo temporal no Carnaval já chegava a 50.

O turista estava acompanhando de mais três pessoas, em uma das praias da região central da cidade.

São Sebastião foi o município mais castigado pelas tempestades que caíram no litoral norte, no fim de semana, registrando o maior volume de chuva da história de São Paulo, em 24 horas. Até o momento, são 54 mortos e 4 mil sem moradia.

Mesmo com um cenário de guerra, escassez de água e mantimentos, casas e vidas destruídas, alguns turistas insistiram em ir à praia até a quarta-feira (22/2), ignorando a dor e o luto dos moradores da região.

O movimento na praia só diminuiu a partir de quinta-feira (23/2), quando foi feito o registro compartilhado pela Prefeitura de São Sebastião, na região central da cidade.

Mesmo com as praias vazias, nesta sexta-feira (24/2), a reportagem flagrou um protesto, em um carro sujo de poeira, no qual foi escrito: “não é férias. ”

Deslocado para São Sebastião, o comandante-geral da Polícia Militar de São Paulo, o coronel Cássio Araújo de Freitas, gravou comunicado na sexta-feira (24) para reforçar o pedido de manter apenas os moradores e pessoas que atuam nas ações de assistência no município.

“Se você é turista, deixe a cidade e retorne para a Grande São Paulo, interior e outros estados”, declarou o oficial. “E, se você não tem uma missão específica agora na cidade, não vá para lá, evite ir”.

Ele ainda firmou que barreiras da PM estão em implantação nas rodovias para orientar o retorno de motoristas aos seus locais de origem.

“Se você não for da cidade, sua presença gera uma necessidade logística que fica difícil de atender neste momento”, declarou.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal Metrópoles
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