No século XVI, as terras que hoje fazem parte do estado do Paraná, pertenciam a Capitania de São Vicente. Nessa época, a região era visitada por exploradores europeus em busca de madeira de lei.
Somente no século XVII, em 1660, foi iniciada a colonização, com a fundação da Vila de Paranaguá, por colonos e jesuítas espanhóis. Curitiba, atual capital do estado, também foi fundada logo no início da colonização das terras paranaenses, tendo sido elevada a vila em 1693.
A descoberta de ouro em Paranaguá atraiu os portugueses, não só para o litoral, mas também para o interior. Quando, posteriormente, foi descoberto o ouro em Minas Gerais, a exploração na região paranaense diminuiu. Grandes extensões de terra já ocupadas por famílias ricas passaram a serem utilizadas na criação de gado.
Com o crescimento da exploração de ouro em Minas Gerais, cresceu também a demanda por gado e eqüinos na região. Como as grandes criações de gado e de eqüinos estavam localizadas ao sul (no Rio Grande do Sul, Paraguai e Argentina), foi aberto um caminho pelo qual o gado e os eqüinos seriam transportados, que ligava a Vila de Sorocaba (em São Paulo), a Viamão (no Rio Grande do Sul). A esse caminho deu-se o nome de “Caminho de Viamão”.
O gado e as mulas eram comprados na grande feira realizada em Viamão, e levados pelos tropeiros até a Vila de Sorocaba pelo Caminho de Viamão. Com o passar do tempo, as paradas ou os locais de pouso dos tropeiros, foram sendo povoados, dando início a novos municípios que atualmente formam um roteiro turístico, chamado de Rota dos Tropeiros.
Em 1853 a Província de São Paulo foi desmembrada, dando início à história oficial do Paraná, embora só tenha se tornado um estado em 1859.
A comarca de Paranaguá e Curitiba, que integrava a Capitania de São Paulo, foi fundada em 19 de novembro de 1811. Mesmo após a independência do Brasil ter sido proclamada, a região se subordinava continuamente à Província de São Paulo.
Em 6 de fevereiro de 1842, Curitiba foi elevada à categoria de cidade por uma lei provincial paulista. Em 29 de agosto de 1853, enfim, o imperador Pedro II do Brasil assinou a Lei Imperial n.º 704, que criou a Província do Paraná, a qual foi criada por motivos diversos.
Naquele tempo, ademais do comércio de gado, a produção de erva-mate se expandiu muito. Devido à reduzida população provincial, foi iniciado um programa oficial de imigração europeia (especialmente poloneses, alemães e italianos), o qual colaborou para que fossem expandidas a colonização e o aparecimento de novas economias.
Após a República ter sido proclamada (1889), intensificou-se o povoamento do Paraná, principalmente na região das terras roxas do norte do estado. Ali, fazendas cafeeiras e cidades se fixaram nos talvegues dos três rios: Paranapanema, Cinzas e Jataí. Durante a administração do presidente Floriano Peixoto, a Revolução Federalista e a Revolta da Armada repercutiram no Paraná, em que foram travados muitos combates.
Em 1912, iniciou-se a Guerra do Contestado, duelo de oposição entre os habitantes empobrecidos da região que se situa dentre os rios Uruguai, Pelotas, Iguaçu e Negro, e as forças oficiais, além do Paraná e Santa Catarina disputarem a área, motivando a denominação e o conflito acabou em 1916.
A palavra Paraná tem origem no guarani, e significa rio caudaloso. Com o programa de imigração europeia, foram trazidos alemães, poloneses e italianos para o estado. Ao fim do século XIX, a erva-mate passou a ser o principal produto produzido no estado, onde também era grande a produção de café e a exploração de madeira. Nessa mesma época, dando um impulso da economia, entraram em funcionamento as primeiras estradas de ferro.
No decorrer do tempo, os ciclos da madeira e do café motivaram a chegada de novos migrantes tanto estrangeiros quanto vindos de outros estados brasileiros. A década de 1970 marcou tanto a entrada da soja no estado quanto o avanço do processo de industrialização.