Uma angústia sem limites e uma dor sem justificativas tomou conta do Vale do Iguaçu na quarta-feira (16), após os corpos de Carla Andriele de Souza Mathias Xavier, de 24 anos e os filhos, Roger de 5 anos e Rafaela de apenas três meses serem encontrados sem vida nas águas do Rio Iguaçu, no Balneário Santa Rosa, em Porto União.
A família estava desaparecida desde segunda-feira (14), quando Carla saiu de casa com os filhos para fazer compras. Essa foi a última comunicação que os parentes tiveram com os três ainda vivos.
Na noite da terça-feira (15), pescadores avistaram algo vermelho nas águas do rio e informaram o Corpo de Bombeiros de Porto União.
Por volta das 7h da manhã de quarta-feira (16), a equipe de bombeiros especializados iniciou as buscas com a ajuda de uma embarcação de alumínio e uma moto aquática, além de um sonar que foi fundamental para localizar o veículo.
O veículo foi encontrado a cerca de 80 metros do local onde se acredita que ele tenha entrado na água. As buscas subaquáticas confirmaram a presença do veículo a aproximadamente 3 metros de profundidade e a cerca de 7 metros da margem do rio.
Devido à correnteza e à escuridão da água, os mergulhadores não conseguiram identificar a presença de vítimas no interior do veículo. Após confirmar a localização do veículo, a equipe entrou em contato com o comandante da Capitão BM Marcos Luciano Colla, que assumiu o comando da operação.
O veículo foi puxado para a margem do rio com o uso de cordas e ajuda de populares. Os bombeiros quebraram o vidro traseiro para acessar os corpos das vítimas.
Rafaela, a bebê de três meses, foi a primeira a ser retirada, seguida por Roger, de cinco anos, e por último, o corpo de Carla.
Os corpos foram deixados sob os cuidados das autoridades policiais às margens do rio. A tentativa de remover o veículo foi interrompida devido às condições adversas, como a forte correnteza e a quantidade de obstáculos no rio.
Os esforços para retirar o veículo continuaram na quinta-feira, 17. A comunidade local permanece abalada por essa tragédia inexplicável que ceifou vidas tão jovens e deixou uma dor profunda e sem respostas.
Na manhã de quinta-feira, a Delegacia de Proteção à Criança, ao Adolescente, à Mulher e ao Idoso – DEPECAMI instaurou um inquérito para apurar as mortes. De acordo com informações, a princípio, a polícia trabalha como possível suicídio, porém, todas as informações e circunstancias serão apuradas para esclarecer o que realmente ocorreu.
A Polícia tem 30 dias para concluir o inquérito e aguarda o laudo pericial que será muito esclarecedor para a conclusão.
“Já foi instaurado um inquérito policial e as investigações a princípio, apontam para possível suicídio. No entanto, a Polícia conseguirá dar uma resposta mais conclusiva para família e sociedade ao fim das investigações”, destacou o delegado.
O Delegado também alertou para a circulação de mensagens não verdadeiras que circulam na internet. Uma delas, apontava que uma pessoa teria empurrado o veículo no rio. Conforme o delegado, essas informações não procedem e se tratam de Fake News.