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Prefeito reeleito é afastado do cargo em operação da Polícia Civil

A prefeitura já havia sido alvo de operação em setembro

Um prefeito do Sul de Santa Catarina foi alvo de duas operações da Polícia Civil, na terça-feira (15). Os trabalhos ocorrem por investigações distintas de suspeitas de irregularidades na prefeitura de Forquilhinha.
O prefeito do município, José Claudio Gonçalves, o Neguinho (PSD), foi alvo de um mandado de afastamento do cargo em uma das ações, além de busca e apreensão na outra.
Neguinho foi reeleito no último dia 6 de outubro com 74,43% dos votos.
Nestas mesmas operações, um empresário foi preso e outros três agentes públicos foram afastados do cargo .
Uma das operações deflagradas na terça-feira é a terceira fase da Maktub, que neste ano já havia afastado do cargo o prefeito de Praia Grande, Elisandro Pereira Machado (PP). Ele já voltou ao cargo.
Em relação a Forquilhinha, a Delegacia de Combate à Corrupção da DEIC (DECOR) apurou inídicos de fraude á licitação para a construção de um ginásio anexo à escola do Bairro Santa Líbera. Outros três editais também podem ter sido fraudados, conforme apurraram os investigadores.
A Polícia Civil afirma que o aditivo de um contrato envolvendo a empresa investigada teria resultado no prejuízo de R$ 800 mil para a prefeitura de Forquilhinha.
A DECOR também aponta “que a administração municipal fraudou documentos para pagar parte de uma obra destinada à construção de um memorial à Dra. ZIlda Arns, médica pediatra natural de Forquilhinha, que, em 1983, fundou a Pastoral da Criança e foi indicada ao Prêmio Nobel da Paz em 2006”.
Para a investigação, “apurou-se práticas questionáveis, como a manipulação de datas e pressões indevidas para a aprovação de notas fiscais e boletins de medição, mesmo sem a conclusão dos serviços, além de irregularidades nos processos de fiscalização e execução de obras”.
Na terça-feira, foi cumprido um mandado de prisão preventiva contra o empresário, além de quatro mandados de afastamento das funções públicas e vinte e um mandados de busca e apreensão.
Também foi expedida uma ordem judicial para o sequestro de bens e valores no montante de R$ 1,7 milhão.
As operações foram autorizadas pelos desembargadores Leopoldo Brüggemann e Sidney Eloy Dalabrida.
Em setembro, a prefeitura de Forquilhinha já havia sido alvo de outra operação da Polícia Civil e Neguinho se justificou dizendo que a ação foi uma “perseguição” da corporação em relação a ele.

 

Fonte: *Redação CN, com informações do Portal NSC Total