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Lojista é condenado a 18 anos de prisão por mandar matar esposa


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Andreia de Pellegrin Burger foi assassinada enquanto dormia em um Kombi estacionada em uma rua de Foz do Iguaçu

Foto: Ilustrativa
O acusado poderá recorrer em liberdade

Gilmar Lombaldo foi condenado a 18 anos e nove meses de prisão por mandar matar a esposa, Andreia de Pellegrin Burger, para que pudesse receber dois seguros de vida dela, no valor somado de R$ 1.175.000,00.
O crime aconteceu em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, em dezembro de 2016.
De acordo com o Ministério Público, os seguros teriam sido feitos pelo acusado sem o conhecimento da mulher, que teve a assinatura falsificada por ele nos documentos da seguradora.
Ela foi morta com um tiro na cabeça enquanto dormia em um carro durante o intervalo de almoço.
Gilmar teria sugerido o descanso na Kombi que estava estacionada em uma rua da Vila Portes. Eles eram proprietários de uma papelaria e usavam o veículo para trabalhar. Após ela dormir, o réu teria deixado o veículo e chamado o executor do crime via ligação. Cerca de 17 minutos após Gilmar dizer “pode vir” durante a chamada, o criminoso, de 22 anos, chegou e atirou contra a cabeça de Andreia, de 44 anos.
O conselho de sentença acolheu duas qualificadoras apontadas pelo Ministério Público: o motivo torpe e o uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.
A sentença destacou “a barbárie” do crime pela “execução da vítima no interior do veículo, quando estacionado em via pública nas imediações de um bosque, em um dia chuvoso, o que, inclusive, impossibilitou a perícia”, tendo sido “cuidadosamente orquestrada pelo acusado utilizando o prévio conhecimento que tinha a respeito da rotina da ofendida, em um plano criminoso extremamente calculado e muito bem engendrado, externando periculosidade, premeditação e audácia dignas de maior censura”.
Segundo o MPPR, Gilmar realizou diversos seguros de vida para a vítima por conta de dificuldades financeiras que sua empresa passava. Ele prometeu pagar o executor do crime, mas a “recompensa” não ocorreu, o que o levou a ser cobrado constantemente.
O lojista não chegou a ser preso e poderá recorrer da sentença em liberdade.

 


Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Banda B
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