O Departamento de Justiça dos Estados Unidos solicitou informações à subsidiária da fabricante sueca de aeronaves SAAB sobre a venda de 36 caças militares Gripen ao Brasil, em 2014. A transação foi objeto de uma investigação de corrupção no Brasil e na Suécia.
"A SAAB pretende atender ao pedido para fornecer informações e cooperar com o Departamento de Justiça nessa questão", afirmou a companhia sobre a solicitação dos Estados Unidos à SAAB North America.
Em comunicado, a empresa sueca disse que tanto autoridades brasileiras quanto suecas investigaram anteriormente partes do processo de concorrência do Brasil e que essas investigações foram encerradas sem indicar quaisquer irregularidades por parte da SAAB.
Procuradores brasileiros, em 2016, acusaram formalmente o, hoje presidente Lula, na época, fora do cargo, de usar sua influência para ajudar a SAAB a vencer a concorrência para a compra de 36 caças no valor de US$ 5,4 bilhões.
Os advogados de Lula sempre disseram que o caso resulta de uma "perseguição política" e a ação penal foi trancada de maneira definitiva pelo Supremo Tribunal Federal em 2023.
A Força Aérea Brasileira escolheu em 2014 o Gripen para renovar sua frota de caças, em detrimento do F-18 Super Hornet, da americana Boeing e do Rafale, fabricado pela francesa Dassault Aviation SA.
O acordo com a saab também permite que os Gripens sejam produzidos no Brasil no futuro.
As primeiras aeronaves já foram entregues ao Brasil e o restante deve ser entregue até 2027.