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Saiba como as diferentes culturas encaram a data

Fortemente influenciada por países europeus, a data frequentemente está associada à bruxaria e forças sobrenaturais

A sexta-feira 13 é uma das datas mais aguardadas e temidas do calendário e no imaginário popular em diversas partes do mundo. O que muitos talvez não saibam, é que essa combinação pode ocorrer em mais de uma oportunidade no ano.
Comumente relacionado ao “azar”, o período de 24 horas tem origem incerta, sendo geralmente associado à numerologia, à literatura e inclusive, ao cinema.
A associação negativa da sexta-feira também tem uma combinação de origens religiosas e culturais. O “número do azar” ganhou ainda mais força entres os cristãos por conta de uma série de acontecimentos bíblicos que aconteceram em uma sexta-feira 13, como alguns destes abaixo:
- Adão e Eva comeram o fruto proibido da Árvore do Conhecimento em uma sexta-feira 13;
- Também é a data em que Caim assassinou Abel, seu irmão;
- Arca de Noé zarpou no Grande Dilúvio também em uma sexta 13.
- O Templo de Salomão foi derrubado em uma sexta 13;
- Jesus Cristo e seus discípulos compareceram à última ceia na quinta-feira, 12, mas o 13º convidado, Judas, aparece na sexta;
- A captura dos Cavaleiros Templários também ocorreu em uma sexta-feira 13 de 1307
Não há comprovação científica das teorias que tornaram a sexta-feira 13 sinônimo de má sorte e superstição. Muitas delas remontam a séculos, mas a maioria foi desmascarada em algum momento da história.
Fortemente influenciada por países europeus, a população brasileira frequentemente associa a data à bruxaria e forças sobrenaturais. Muitos acreditam que o véu entre o mundo dos vivos e o dos mortos é mais fino neste dia, facilitando aparições e eventos inexplicáveis para a ciência, como fantasmas e assombrações.
Para os místicos, alguns hábitos ainda são seguidos, como evitar cortar unhas ou cabelo, lembrar de sair da cama com o pé direito, evitar deixar cair a escova ou pente enquanto se arruma e bater três vezes na madeira, gesto cuja origem permanece desconhecida.
Em regiões mais expostas à cultura ocidental, a sexta-feira 13 ganhou um certo grau de reconhecimento e temor, principalmente por meio de filmes de terror e mídia ocidental, contribuindo para uma percepção um pouco mais ampla sobre este dia, especialmente entre jovens que consomem conteúdo globais.
Nos Estados Unidos, a sexta-feira 13 é seriamente temida por uma população com crenças e comportamentos supersticiosos. Algumas pessoas evitam viajar, fazer negócios e tomar decisões importantes, acreditando que o dia trará má sorte. Além disso, muitos elevadores do país não têm o botão do 13º andar, que são substituídos pelo “14”, refletindo a aversão generalizada ao número.
No Brasil um dos medos mais conhecidos é o de cruzar com um gato preto na sexta-feira 13. No imaginário popular, o gato preto é associado a bruxas e feitiçarias, sendo considerado um símbolo de má sorte. Essa crença tem origem na Idade Média, quando gatos pretos eram associados a maus presságios e perseguições religiosas.
Outra superstição comum é a de evitar passar por baixo de escadas. A explicação para isso está na ideia de que o triângulo formado pela escada encostada na parede é um símbolo sagrado e cruzar por esse espaço representaria quebrar esse símbolo, atraindo má sorte. Muitos acreditam que fazer isso, especialmente numa sexta-feira 13, pode trazer desgraças.
Quebrar um espelho também é uma preocupação constante nesta data. A crença de que um espelho quebrado causa sete anos de azar está enraizada em antigas tradições. Para muitos, o espelho reflete não apenas a aparência, mas também a alma e quebrá-lo poderia significar a quebra da própria alma.
Embora muitas pessoas encarem essas superstições como meras curiosidades ou coincidências, outras preferem tomar precauções adicionais em um dia como este.
A verdade é que a sexta-feira 13 continua a ser uma data que divide opiniões, mas certamente não passa despercebida. Para alguns, é um dia de azar; para outros, um momento de sorte.

 

Fonte: *Redação CN, com informações dos portais UOL/Brasil Escola/O Imparcial