Os Estados Unidos vetaram, na quarta-feira (18), a resolução costurada pelo Brasil no Conselho de Segurança da ONU sobre a guerra entre Israel e o grupo radical islâmico Hamas.
A votação do texto elaborado pelo Brasil foi adiada duas vezes nos últimos dias, enquanto os Estados Unidos tentavam intermediar o acesso da ajuda à Faixa de Gaza. Rússia e Grã-Bretanha se abstiveram da votação e outros doze membros do Conselho foram a favor da resolução.
O texto condenava toda a violência e hostilidades contra civis e todos os atos de terrorismo e apelava à libertação imediata e incondicional de todos os reféns. A resolução proposta pelo Brasil pedia ainda pausas no conflito que permitissem o acesso de ajuda humanitária à Faixa de Gaza, região onde a guerra está concentrada.
Durante a reunião em que o texto foi votado, o enviado norte-americano à ONU afirmou que os Estados Unidos estão “no campo fazendo o trabalho duro da diplomacia”, trabalhando com Israel, seus vizinhos e a ONU para resolver a crise humanitária.
Segundo ele, o país está decepcionado com a resolução proposta pelo Brasil, já que ela não menciona o direito de autodefesa de Israel.
Na semana passada, Israel ordenou que cerca de 1,1 milhão de pessoas em Gaza — quase metade da população — se mudassem para sul da região enquanto se preparava para uma ofensiva terrestre em retaliação ao pior ataque do Hamas a civis nos 75 anos de história de Israel.
Israel colocou a Faixa de Gaza sob cerco total e fez intensos bombardeamentos. O país prometeu aniquilar o Hamas depois que o grupo radical islâmico matou 1.400 pessoas e fez reféns em ataques terroristas que começaram no dia 7 de outubro.
Autoridades palestinas dizem que mais de 3.000 palestinos foram mortos no conflito.
Na terça-feira (17), as autoridades em Gaza disseram que Israel está por trás de um ataque a um hospital na palestina, mas as Forças de Defesa alegaram que sua inteligência mostrou uma “falha em um lançamento de foguete” feito pelo grupo Jihad Islâmica, que foi confirmada pelo presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, na manhã de quarta-feira (18), que está em visita pelo país em guerra quarta-feira.
Biden disse acredita que Israel não está por trás do ataque ao Hospital Batista Al-Ahli Arabi, na cidade Gaza, com base em dados do Departamento de Defesa dos EUA.