Um professor com deficiência visual de 24 anos do Centro Educacional Vale do Amanhecer, localizado em Planaltina, no Distrito Federal, foi agredido por estudantes na noite da última terça-feira (18), após proibir um aluno de permanecer com o celular em sala de aula.
A agressão ocorreu nas proximidades da escola, após o fim do período letivo.
De acordo com registro policial, ao perceber que o aluno estava com um celular em sala de aula, o docente solicitou que o aparelho fosse entregue.
Diante da recusa, a equipe gestora da escola municipal foi acionada e recolheu o celular, que foi devolvido para o estudante ao término da aula.
Ao sair da escola, o professor afirma ter sido seguido até parada de ônibus próxima, onde foi agredido por dois alunos de 17 anos, conforme o boletim de ocorrência.
A polícia não informou se o jovem que teve o celular retido estava era um dos agressores.
A direção da unidade educacional afirma que acionou os responsáveis pelos alunos envolvidos na agressão.
O professor, por sua vez, além de ter registrado o boletim de ocorrência junto às autoridades, está recebendo o suporte da escola.
A Polícia Civil do Distrito Federal informou que está apurando o caso e se manifestará quando houver a conclusão do inquérito.
Por meio de nota, Secretaria de Educação e a Coordenação Regional de Ensino de Planaltina informaram que estão tomando medidas para garantir o acolhimento e o suporte à comunidade escolar do Centro Educacional Vale do Amanhecer.
Na quarta-feira (19), representantes da Coordenação Regional, do Sindicato dos Professores e profissionais da área de saúde, incluindo psicólogos, estiveram na escola para oferecer apoio ao professor agredido e aos demais docentes.
A lei que veta o uso de celulares em escolas foi sancionada pelo presidente Lula (PT) no início deste ano e vale para todas as etapas da educação básica, da educação infantil ao ensino médio.
A norma nacional diz que apenas o uso do celular é proibido. Ou seja, a posse do aparelho na escola não está vetada.
O texto proíbe o uso em todo o ambiente escolar, seja nas aulas, recreios ou intervalos.
A regra vale para escolas públicas e privadas de todo o país. Porém, o aparelho pode ser usado para emergências, como: situações de estado de perigo, estado de necessidade e caso de força maior.