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Conta de energia elétrica volta a ter taxa extra depois de mais de dois anos


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A partir de julho, o brasileiro terá que pagar R$ 1,88 por cada 100 quilowatt-hora

Foto: Ilustrativa
A decisão responde à previsão de chuvas abaixo da média

Depois de mais de dois anos sem taxa extra na conta de luz, o brasileiro terá que pagar em julho R$ 1,88 por cada 100 kWh (quilowatt-hora), consumidos para sustentar o acionamento de usinas térmicas, mais caras do que as renováveis.
É a primeira vez, desde abril de 2022, que a ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica), implanta a bandeira amarela sobre a tarifa.
Em todo esse período, o elevado volume de chuvas e o crescimento da geração renovável mantiveram a conta sem taxas extras.
Em nota, a ANEEL diz que a decisão responde à previsão de chuvas abaixo da média até o fim do ano e à expectativa de consumo acima do normal no inverno, que terá temperaturas superiores à média histórica.
Assim, espera-se um acionamento maior de usinas térmicas no período.
O sistema de bandeiras tem quatro diferentes níveis. A verde representa que o sistema está ajustado e não cobra taxa extra na conta de luz. As outras têm valores diferentes para cada 100 kWh consumidos: a amarela, R$ 1,885; a vermelha patamar 1, R$ 4,465; e a vermelha patamar 2, R$ 7,877. Os valores são revistos a cada ano.
Em 2024, a ANEEL aprovou reduções entre 20% e 37%. Em nota, disse que os cortes foram aprovados "devido ao cenário hidrológico favorável, à grande oferta de energia renovável no país e aos alívios verificados no preço dos combustíveis fósseis no mercado internacional".
Segundo a agência, as projeções de chuva e demanda já vêm impactando o preço da energia no mercado atacadista, chamado PLD (preço de liquidação das diferenças) e o risco hidrológico das hidrelétricas, que podem gerar menos do que os valores contratados.
"Com o sistema de bandeiras, o consumidor consegue fazer escolhas de consumo que contribuem para reduzir os custos de operação do sistema, reduzindo a necessidade de acionar termelétricas", diz a ANEEL.

 


Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Folhapress
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