O Partido dos Trabalhadores no Paraná (PT-PR), negou que os governos de Ratinho Junior e Lula tenham chegado a um acordo para manter o modelo de pedágio já proposto para o estado. Segundo nota enviada à imprensa, as informações foram publicadas pelo Estado de “maneira equivocada”.
Na tarde da última quinta-feira (19), Ratinho Junior afirmou que as discussões estão avançadas para a liberação do leilão dos primeiros lotes e que o objetivo é manter a modelagem que prevê um pacote grande de obras, tarifas mais baixas em relação às praticadas anteriormente e disputa na Bolsa de Valores com o modelo híbrido, com disputa livre de preço e garantia de execução dos investimentos.
De acordo com o deputado estadual Arilson Chiorato, porém, não existe acordo selado sobre o pedágio do Paraná.
“Será uma decisão política do Governo Federal. Nesta sexta-feira (20), inclusive, [a deputada federal] Gleisi Hoffmann tem reunião marcada com o ministro de Transportes, Renan Filho, e com Maurício Muniz, subchefe da Secretaria Especial de Articulação e Monitoramento da Casa Civil (SAM) para discutir o tema. Ou seja, essa informação divulgada pelo governador Ratinho Júnior pode representar sua vontade, mas não a realidade”, afirmou.
Para o PT Paraná, o modelo proposto por Ratinho pode deixar as tarifas ainda mais altas que as praças anteriores.
De acordo com o Governo do Paraná, o construído deve abranger 3,3 mil quilômetros de rodovias estaduais (35%) e federais (65%). O modelo de leilão foi desenvolvido em conjunto pelo Governo do Estado, Governo Bolsonaro, Assembleia Legislativa, setor produtivo e sociedade civil organizada e tem como base três premissas: menor tarifa, maior número de obras e transparência no processo.
De acordo com o modelo, vence o leilão quem apresentar o maior desconto na tarifa de pedágio estabelecida em edital, com expectativa de redução em relação aos preços praticados no Anel de Integração.