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Ex-prefeito é preso suspeito de desvio de dinheiro em cidade do PR


FACCREI - 2025

Segundo a polícia, o prefeito agia com secretários municipais, agentes de licitação, empresários e advogados

Foto: Divulgação
O valor  desviado pelo esquema pode passar dos R$ 24 milhões

Uma operação contra crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva, além de falsidade ideológica prendeu cinco pessoas envolvidas com o esquema em Itaperuçu, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), na sexta-feira (28).

Entre os presos está o ex-prefeito da cidade, Neneu Artigas. Segundo a polícia, o valor  desviado pelo esquema pode passar dos R$ 24 milhões.

A investigação foi feita pela equipe da Delegacia de Rio Branco do Sul. Essa foi a quinta fase da operação, que tinha como objetivo o cumprimento de cinco mandados de prisão preventiva e seis mandados de busca e apreensão em Rio Branco do Sul, Itaperuçu e Pontal do Paraná, no litoral do Paraná.

O trabalho dos policiais começou em 2023 e as investigações revelaram a presença de uma organização criminosa em Itaperuçu, envolvida em crimes licitatórios, corrupção ativa e passiva, além de falsidade ideológica.

Segundo a polícia, a organização operava com diferentes núcleos, compostos pelo prefeito da época, Neneu Artigas, além de secretários municipais, agentes de licitação, empresários e advogados.

O esquema do grupo envolvia um trabalho com tecnologia. Utilizando servidores corrompidos, o grupo fraudava o caráter competitivo das licitações públicas, manipulando os processos para beneficiar empresas participantes do esquema criminoso.

A partir da criação de editais fraudulentos e atestados técnicos falsificados, o grupo conseguiu desviar contratos que superaram os R$ 24 milhões, conforme informou a Polícia Civil.

O material produzido nas investigações também revelou que, logo após a realização dos pagamentos pela cidade, a empresária sacava altos valores em espécie e se encontrava presencialmente com o ex-prefeito da cidade. A empresária, inclusive, registrava as quantias sacadas por meio de fotos.

Além das prisões e mandados de busca, a Justiça autorizou o confisco de aproximadamente R$ 13 milhões das contas bancárias de uma empresária investigada e sua empresa, valores provenientes dos contratos fraudulentos em Itaperuçu.

O nome da operação, “Malebolge”, faz referência à obra Divina Comédia, de Dante Alighieri, que descreve a jornada de um homem pelos reinos do inferno, purgatório e paraíso.

No inferno, “Malebolge” é a região onde os corruptos e fraudadores são punidos de acordo com a gravidade de seus crimes.

 

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Fonte: *Redação CN, com informações do Portal da Banda B
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