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Mãe denuncia lutas clandestinas em escola: “Quem perde, posta o vídeo”


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Um vídeo mostra cenas de uma briga que envolveu dois alunos de uma escola de São José dos Pinhais

Foto: Reprodução
Os estudantes combinam as brigas pelas redes sociais

Os constantes registros de violência em uma escola de São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, têm preocupado pais e responsáveis por estudantes matriculados na instituição. Uma mãe, que não quis se identificar, denunciou casos de agressões.

“Quem perde [a briga], posta o vídeo”, diz mulher, em tom de revolta. Segundo ela, estudantes do Colégio Estadual São Cristóvão têm combinado brigas por redes sociais e após a “batalha”, o vídeo das agressões em série deve ser postado nas mídias com a legenda “perdi”.

Um mostra cenas de uma briga que envolveu dois alunos da instituição mencionada. Na legenda do registro que supostamente foi publicado por um dos adolescentes, há a legenda: “Perdi KKKKKK”.

As imagens registradas por um estudante mostram o momento em que os dois adolescentes trocam socos e chutes enquanto outras pessoas assistem à confusão. Em alguns momentos, é possível perceber que um deles recebe vários socos no rosto.

Com o rosto vermelho e tentando protegê-lo, ele é atingido pelo último soco e ao levantar, as mãos para alto em posição de rendição, diz : “Perdi”.

A mãe, que diz ter uma filha de 10 anos matriculada na escola onde houve a briga registrada pela câmera de um celular, afirma que a instituição “não está fazendo nada” para inibir os casos de violência no local.

“A pedagoga me disse que é uma brincadeira que está acontecendo, que eles ficam se ‘socando’ e quem perde posta o vídeo. A escola não tem pulso para trabalhar nisso. O diretor está na escola há dez anos e, pelo que estou vendo, não estão fazendo nada”, afirmou ela.

De acordo com a mulher, os pais dos estudantes envolvidos nas brigas também têm sido negligentes: “Quando são chamados pela direção para comparecerem às reuniões, eles não vão”.

Ela também destacou que a Patrulha Escolar, organização da Polícia Militar responsável pelo policiamento em escolas, não consegue atender às demandas necessárias na região.

“Ontem, minha filha estava no intervalo e duas meninas começaram a brigar por causa de namoradinho e uma delas jogou uma faca longe. Quando liguei na escola, me disseram que não sabiam da faca”, narrou a mãe.

“As meninas envolvidas nessa briga já fizeram isso outra vez. Não tem acompanhamento do Conselho Tutelar, da Polícia Militar, nem da escola”, concluiu ela, ao afirmar que registrará um boletim de ocorrência sobre os casos nos próximos dias.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal da Banda B
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