Com os sites de comércio eletrônico fora do ar desde o último sábado (19) por questões de segurança, as ações do grupo Americanas (AMER3) passam por forte queda na Bolsa de Valores brasileira (B3).
Dados da consultoria Economatica estimam que a companhia tenha perdido R$ 3,48 bilhões em valor de mercado só nos últimos dois dias. Na terça (22), os papéis da companhia caíram 5,4% e na segunda-feira (21), 6,6%.
Por volta das 11h30 de quarta-feira (23), o site das Lojas Americanas e Submarino estavam de volta, com um informe no topo. "Estamos voltando de forma gradual, disponibilizando produtos e funcionalidades progressivamente para que você possa comprar com segurança", diz. O Shoptime continuava fora do ar no mesmo horário.
Em nota, a Americanas disse que estava restabelecendo gradualmente e com segurança seus ambientes de e-commerce e que não há evidência de comprometimento da base de dados.
"As equipes continuam mobilizadas, com todos os protocolos de segurança, e atuarão para a retomada integral no mais curto espaço de tempo. A companhia reforça que a segurança das informações é sua prioridade e que continuará mantendo o mercado, clientes e parceiros atualizados".
Os sites das lojas Americanas e Submarino, duas das principais plataformas de comércio eletrônico do país, saíram do ar no fim de semana, após as plataformas registrarem problemas no acesso de usuários e rumores de que os sites foram alvos de ataques hackers.
Em comunicado ao mercado, a Americanas S.A, que controla os dois sites, confirmou a suspensão de parte dos servidores e citou um "acesso não autorizado".
Na segunda-feira, o site da Shoptime, também controlado pelo grupo, foi suspenso preventivamente.
Segundo o Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor), o problema com os sites de Americanas, Submarino e Shoptime não pode gerar atraso nas entregas, nem qualquer outro tipo de descumprimento das condições acertadas no momento da compra. "O consumidor não pode ser penalizado por uma falha de segurança da empresa", disse David Douglas Guedes, assessor jurídico da Área de Relacionamento do Idec.
Mesmo assim, os perfis dos três sites nas redes sociais têm respondido clientes dizendo que a entrega dos produtos comprados "pode sofrer atrasos".
O consumidor que se sentir prejudicado pode registrar uma reclamação no Procon de seu estado, independentemente do retorno da Americanas S.A..