A campanha do ex-juiz Sergio Moro (PODEMOS), pré-candidato à Presidência da República, sofreu um novo golpe no Paraná, com a aproximação entre o governador Ratinho Júnior (PSD) e o deputado federal Ricardo Barros (PP), líder do governo Jair Bolsonaro (PL) na Câmara.
A confirmação do apoio do PP-PR à reeleição de Ratinho, selada no início deste mês, aumentou as especulações de que Moro pode acabar isolado sem um palanque forte em seu próprio domicílio eleitoral, de onde despachava os processos da operação Lava Jato.
Eleito com apoio de Bolsonaro, Ratinho recebeu importantes investimentos federais para o Paraná em sua administração. Ao mesmo tempo, o PODEMOS de Moro compõe a base de seu governo e formou a chapa de sua campanha em 2018, com o senador Oriovisto Guimarães.
Desde o ano passado, Ratinho tem evitado falar publicamente sobre alianças, testando a possibilidade de oferecer palanque para mais de um candidato à Presidência e ganhando tempo até ser obrigado a se decidir por um lado.
Bolsonaro já sinalizou que não aceitará um palanque duplo com Moro na aliança do governador ou apoiará um candidato ao Senado ungido pelo ex-juiz.