O feriado de 21 de abril, dia de Tiradentes, lembra a morte de Joaquim José da Silva Xavier, executado em 1792 por participar da Inconfidência Mineira. Considerado traidor à época, ele foi enforcado e esquartejado pela Coroa Portuguesa.
Atualmente, Tiradentes é reconhecido como herói nacional e patrono cívico do Brasil. A data se tornou feriado nacional em 1965, durante o governo de Castello Branco, na Ditadura Militar, quando foi sancionada a Lei nº 4.897.
A norma afirma que a condenação de Tiradentes “não deve manchar sua memória”, reconhecida oficialmente pelos brasileiros como “o mais alto título de glorificação do nosso maior compatriota de todos os tempos”.
Mais do que um mártir, Tiradentes era um homem comum, cheio de contradições, paixões e ideias. Nascido em 1746, teve uma trajetória multifacetada: foi dentista — daí o apelido “Tiradentes” —, minerador, comerciante, militar (com o posto de alferes) e um leitor voraz.
Ele viveu em pleno século XVIII, em uma colônia explorada por Portugal, onde a insatisfação com os altos impostos e a falta de autonomia política começava a gerar movimentos de revolta.
Foi nesse cenário que surgiu a Inconfidência Mineira, conspiração organizada por um grupo de intelectuais e militares que sonhavam com a independência e a instalação da República.