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Facebook e Instagram vão acabar com checagem de fatos nas rede sociais


FACCREI - 2025

A empresa controladora das plataformas diz que na América Latina há "cortes secretas" que exigem que empresas removam conteúdos

Foto: Divulgação
A medida primeiro vai ocorrer nos Estados Unidos

A Meta (empresa controladora do Facebook e Instagram) vai acabar com o sistema de checagem de fatos feita por terceiros e substituir por um sistema de notas da comunidade, como já acontece no X.
A medida primeiro vai ocorrer nos Estados Unidos e posteriormente pode ser adotada em outros países. Mark Zuckerberg anunciou a mudança na terça-feira.
Na prática, a rede vai remover agências de checagem profissionais para ter um sistema de notas da comunidade. Nesse esquema, os próprios usuários das redes podem explicar algo, incluindo links e imagens e essa explicação é votada pelas outras pessoas.
Atualmente, o X conta com um sistema de checagem de informação dessa forma.
Zuckerberg tem feito vários acenos a Trump. O executivo se encontrou com o presidente eleito dos EUA em novembro de 2024. Antes do jantar, o criador do Facebook afirmou, segundo a FOX News, que "deseja apoiar a renovação nacional da América sob a liderança do presidente Trump".
O novo presidente dos EUA sempre se posicionou contrário à checagem de fatos nas redes sociais. Trump chegou a ser expulso do Twitter (hoje X) por conta de divulgação de notícias falsas.
Depois da primeira eleição de Trump, em 2016, a mídia tradicional escreveu sem parar sobre como fake news eram uma ameaça para a democracia.
A checagem de fatos ocorre em propriedades da Meta desde 2016. Os verificadores identificam boatos e caso algo seja falso, o alcance é reduzido e havia uma notificação na publicação. Temas como covid-19, eleições e desastres naturais costumavam receber algum tipo de sinalização.
Mudança tem como objetivo "reduzir erros", segundo Zuckerberg. O executivo diz que a Meta quer simplificar políticas de conteúdo e "restaurar a liberdade de expressão nas plataformas".
Zuckerberg cita que a rede conta com sistemas complexos de moderação e que eventualmente errava, censurando milhões de pessoas.
Imigração e gênero são temas que terão moderação mais leve. Em comunicado, a Meta informa que "não é certo que alguns assuntos possam ser ditos na TV ou em debates do Congresso, mas não em nossas plataformas".
Foco em moderação de conteúdo será em temas que a rede considera como mais sérios, como terrorismo, drogas, golpes e exploração sexual.
Para temas apontados por ela como menos graves, a empresa vai contar com a denúncia de usuários das plataformas.
A empresa afirma que desde 2021 reduziu conteúdos que tratassem de temas políticos, baseado no pedido de usuários. Porém, com essas mudanças, a rede diz que terá uma "abordagem mais personalizada", permitindo que quem quiser, terá mais acesso a esses conteúdos em seus feeds.
Em um anúncio pouco comum, Zuckerberg falou em se juntar ao Governo dos EUA para lutar contra governos ao redor do mundo que atacam empresas do país.
O CEO da Meta cita que a Europa tem leis que institucionalizam a censura e que na América Latina há "cortes secretas" que exigem que empresas removam conteúdos.

 

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Fonte: *Redação CN, com informações do Portal UOL
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