Uma jovem de 19 anos morreu na noite de terça-feira (30), depois de um encontro com o jogador Dimas Cândido de Oliveira Filho, 18, da equipe do sub-20 do Corinthians. Ela apresentou sangramento e desmaiou durante a relação sexual no apartamento dele no Tatuapé, na zona leste paulistana.
Segundo a Polícia Militar, o jogador relatou que ele e Lívia Gabriele da Silva Matos se conheceram por meio de uma rede social e mantiveram contato por cerca de um mês. O encontro de terça era o primeiro entre eles.
Em nota, o Corinthians afirmou estar ciente dos acontecimentos que envolveram um de seus atletas da base e que aguarda a investigação do caso. Disse, ainda, que está à disposição para colaborar com as autoridades e as famílias.
O advogado Tiago Lenoir, que defende o jogador, afirmou que o atleta prestou socorro e não houve crime.
De acordo com a PM, o jogador declarou que a mulher começou a sangrar e desmaiou durante a relação sexual e ele chamou o SAMU (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência).
A PM informou que foi acionada no PS por volta das 21h30 por causa da morte considerada suspeita. Os militares levaram o jogador e um amigo dele de 17 anos até o 30º DP (Tatuapé). Esse amigo também é jogador do Corinthians, mas não estava no apartamento. Ele foi chamado por Filho no PS para dar apoio e para levar um carregador de celular.
De acordo com o boletim de ocorrência, o jogador declarou que não usaram drogas, nem bebida alcoólica e mantiveram relações sexuais sem uso de qualquer objeto. No boletim consta também que Matos tinha uma fissura de cinco centímetros na vagina.
O pai da jovem, um policial militar aposentado e o jogador se desentenderam enquanto Matos ainda era atendida pela equipe médica.
Ele recebeu a informação sobre a filha por parte da equipe do hospital e as condições que ela apresentava.
Ele conheceu o jogador e conversaram, porém, o jovem avisou que tinha ligado para o pai, que mora em Minas Gerai e ele teria comprado uma passagem para o jogador viajasse para o estado às 23h.
Nesse momento, o policial disse que o jogador, diante daquela situação, deveria permanecer no local. Eles chegaram a se desentender e por esse motivo, o ex-policial acionou a viatura e todos foram encaminhados a delegacia.
Segundo a assessoria do Corinthians, o militar aposentado é prestador de serviço de uma empresa terceirizada que atua na segurança do Centro de Treinamento do time.
A SSP (Secretaria da Segurança Pública), disse que na residência do jogador havia manchas de sangue. O local foi preservado para perícia.
O caso foi registrado como morte suspeita no 30° DP e a Polícia Civil abriu um inquérito para investigar as circunstâncias de como que ocorreu o óbito da jovem, que deverão ser esclarecidas após exames do IML.