Professores de seis universidades estaduais do Paraná aprovaram greve no Estado. Mais de 80 mil estudantes podem ser afetados pela mobilização. De acordo com as universidades, os serviços prestados à comunidade, como os Hospitais Universitários, estão com atendimentos mantidos.
Universidades que aderiram à greve foram, Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE), Universidade do Norte do Paraná (UENP), Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEP, Universidade Estadual do Paraná (UNESPAR), Universidade Estadual de Londrina (UEL) e Universidade Estadual de Maringá (UEM)
Conforme o Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (ANDES), os docentes questionam o reajuste salarial de 5,79%, anunciada pelo governo do estado, diante das perdas salariais, que acumuladas, chegam segundo o sindicato, a 42%.
O ANDES afirmou ainda que o Governo do Paraná se negou a receber os representantes sindicais dos docentes de cada universidade e que por isso foi definida a paralisação, através de assembleias, para pressionar o governo estadual a "abrir uma mesa de negociação pela reposição salarial, e também para apresentar prazos concretos em relação à proposta de carreira docente".
Em nota, a Secretaria de Estado da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior do Paraná (SETI) informou que tem discutido as pautas que envolvem os professores e funcionários das instituições com lideranças e sindicatos que representam as categorias.
A pasta informou ainda que "a proposta de reformulação das carreiras foi apresentada e encaminhada para avaliação das demais áreas do estado, uma vez que envolve aspectos orçamentários".
A nota finaliza afirmando que a greve é "precipitada e pode prejudicar o diálogo".
Os docentes da Universidade Estadual do Centro-Oeste (UNICENTRO) decidem em assembleia na próxima quarta-feira (17) se aderem ou não ao movimento.
O Sindicato dos Professores Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) informou que na Reitoria, em Cascavel, a adesão dos docentes é de 100% com paralisação na graduação e pós-graduação.
Nos campi de Foz do Iguaçu, Marechal Cândido Rondon e Toledo, a adesão é de 80%. Já no campus de Francisco Beltrão, é de cerca de 50%.
As atividades de clínicas e atendimentos à população, tidos como essenciais, não serão paralisadas.
A assessoria da Universidade Estadual do Norte do Paraná (UENP) informou que soube da decisão dos docentes na quarta-feira (10).
A instituição afirmou ainda que respeita "a manifestação das e dos docentes e reconhece o trabalho essencial no processo educacional e no desenvolvimento acadêmico da Universidade. Também reconhece a greve como direito assegurado e instrumento legítimo de reivindicação por melhores condições de trabalho".
A instituição afirmou que as atividades administrativas estão ocorrendo normalmente.
A assessoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG) informou que ocupa a Presidência da Associação Paranaense de Instituições de Ensino Superior Público (APIESP) e que atua com os reitores da entidade junto ao Governo do Paraná para a aprovação do Plano de Carreiras Universitárias.
A nota afirma ainda que a proposta está "em fase avançada de negociação e, se aprovada, contemplará demandas históricas dos agentes universitários e professores das universidades".
A UEPG disse ainda que as atividades administrativas estão sendo realizadas normalmente.
Em nota, a SINDUEPG/ANDES-SN, informou que a greve foi aprovada por unanimidade no dia 10 de maio. No campus Central da UEPG a greve conta com adesão de 95% de professores, enquanto no campus UVARANAS a estimativa do Comando da Greve Docente é de 90%
O Sindicato dos Docentes da Universidade Estadual do Paraná (SINDUNESPAR) informou que a proposta de greve foi aprovada por quase 80% dos docentes da instituição, com 218 votos favoráveis, 39 votos contras com 17 abstenções.
A Universidade Estadual de Londrina (UEL) afirmou apenas que a paralisação iniciou na instituição na segunda-feira (8).
Em nota, a Universidade Estadual de Maringá afirmou que aguarda o comando de greve comunicar a instituição sobre a paralisação para entender melhor as reinvindicações dos docentes e poder se manifestar a respeito.