Então, bem diferente do Brasil, onde fechou suas fábricas, a FORD investiu em uma profunda renovação da unidade argentina com a implementação dos avançados processos da chamada Indústria 4.0.
Construída em uma área com mais de 1 milhão de metros quadrados, a fábrica de Pacheco tem uma longa história, sua planta é completa e reúne todas as etapas do processo de manufatura: estamparia, carroceria, pintura e montagem final, além de uma unidade de motores e áreas administrativas. Mas agora, com as tecnologias da indústria 4.0, ganhou status de fábrica digital.
Segundo a Ford, dos US$ 660 milhões investidos no projeto da nova Ranger, boa parte foi direcionada à modernização da fábrica de Pacheco. O grande destaque é a nova estamparia equipada com linha de prensas de alta velocidade e com capacidade de até 2.500 toneladas.
Mas a lista de renovação é grande, inclui, por exemplo, 2 km de novos transportadores aéreos controlados sem fio, 318 novos robôs inteligentes que realizam automaticamente 95% dos pontos de solda de carroceria, mais de mil câmeras e sensores para monitoramento digital de qualidade em tempo real, utilização de energia 100% renovável e muita atenção para as condições de ergonomia, segurança e saúde dos operadores.
A partir de agora, os colaboradores trabalham com o apoio de manipuladores e braços com gravidade zero para a movimentação de peças grandes, condição que exigiu mais de 40 mil horas de treinamento de todos os times. Dessa forma, a capacidade de produção saltou de 50 para 110 mil unidades por ano.
Um cenário que reforça o otimismo indisfarçável da marca, traduzido pelo comentário de Golfarb: "Quando a Ford faz uma nova picape, não faz isso apenas para ser competitiva, mas para definir tendências. A atual Ranger já se destaca pelo nível de tecnologia embarcada acima dos concorrentes, e a nova vai surpreender ainda mais porque é outra picape, tudo é 100% novo."
Durante a visita à fábrica na Argentina, a Ford permitiu aos jornalistas presentes um primeiro contato com nova geração da Ranger, mas ainda distante e com vidros escurecidos, sem possibilidade de enxergar detalhes internos ou muito menor fazer fotos.
A primeira impressão foi muito positiva, a picape realmente está diferente e com visual moderno, com traços que lembram a F-150 e até a Maverick, como é o caso da nova grade dianteira. Eram duas versões Limited e com a plaquinha V6 nas laterais dos para-lamas, ou seja, indicação de que a picape ganhará versão turbodiesel de 6 cilindros em nosso mercado também.
O lançamento está confirmado para o segundo semestre deste ano, mas ainda sem data oficial, mas é atração do estande da marca na AGRISHOW em Ribeirão Preto, interior de SP.