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Cidades Norte do Paraná gastam quase R$ 1 milhão com shows sertanejos


Brasil Net

Ao menos quatro prefeituras contrataram cantores dessa forma para eventos que comemoraram ou ainda vão celebrar

Foto: Ilustrativa
Na lista estão Ibiporã, Sertanópolis, Assaí e Primeiro de Maio

A prática de prefeituras pagarem shows artísticos, alvo de polêmica por conta dos cachês dispendidos em atrações de peso no cenário nacional, não é incomum no Norte do Paraná. Ao menos quatro prefeituras contrataram cantores dessa forma para eventos que comemoraram ou ainda vão celebrar os aniversários das cidade.

Juntas, Ibiporã, Sertanópolis, Assaí e Primeiro de Maio desembolsaram R$ 958 mil para que artistas cantassem nas festas oficiais. Primeiro de Maio pagou o cachê mais caro, R$ 185 mil para a empresa José Carlos de Assis Produções Artísticas Ltda, da dupla Fernando e Sorocaba, que se apresentaram no feriado do Dia do Trabalho, no 71º aniversário da cidade.

A prefeitura de Primeiro de Maio também contratou o grupo de pagode sul mato-grossense Atitude 67, que cantou no dia 30 de abril.

A administração municipal pagou R$ 112 mil para a Atitude 67 Produções Artísticas Ltda.

Com 14.792 habitantes, Assaí festejou 90 anos entre os dias 30 de abril e 1º de maio. No Centro de Eventos, Henrique e Diego e João Vitor e Gabriel, que também cantaram em Sertanópolis, animaram o público presente.

Para a primeira dupla, a prefeitura pagou R$ 103 mil para a empresa Hed Produções Artísticas Ltda. custear o transporte, alimentação, segurança, estrutura do camarim, montagem, entre outros serviços. Já a outra contratada, a GA Gonçalves Silva Shows e Eventos Ltda., recebeu R$ 26 mil para pagar as mesmas despesas.

Para o promotor Leonardo Dumke Busatto, as prefeituras devem seguir uma série de regras para contratar os artistas.

"Qualquer contratação ou compra, seja de um produto ou de um serviço, como show musical, deve atender o preço de mercado, que usualmente é pago por outros órgãos públicos. Para isso, deve ser feita uma ampla pesquisa", comentou.

Busatto argumentou que é essencial o envolvimento da população em fiscalizar este tipo de gasto.

"Todas as informações devem estar no Portal da Transparência. Se elas não estiverem disponíveis, o cidadão precisa cobrar e pode até fazer um pedido via Lei de Acesso à Informação. De qualquer forma, o engajamento é importante", finalizou.

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Fonte: Redação CN Notícias, com informações da Folha de Londrina
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