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Barrado em SP, Moro pode disputar Senado pelo Paraná


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Moro pode enfrentar Álvaro Dias

Foto: Franklin de Freitas
O ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro  do União Brasil

Depois de ter sua transferência de domicílio eleitoral rejeitada pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE/SP), o ex-juiz e ex-ministro da Justiça, Sergio Moro (União Brasil), pode acabar disputando uma vaga no Senado contra o “ex-padrinho” político, o senador e pré-candidato à reeleição, Álvaro Dias (Podemos).

A entrada de Moro no páreo representaria uma grave ameaça a Álvaro, que busca o quarto mandato para o cargo que já ocupa há 30 anos.

Na última terça-feira (7), o TRE acatou ação do PT paulista, anulando a transferência de domicílio eleitoral do ex-juiz sob o argumento de que o ex-juiz não tem vínculos com São Paulo. Com isso, Moro ficou impedido de tentar concorrer ao Senado pelo estado vizinho.

A saída, agora, seria disputar a eleição por seu estado de origem. Para isso, porém, ele terá que bater de frente com Álvaro, responsável por sua entrada na política.

Nas eleições de 2018, quando disputou a presidência, Álvaro chegou a afirmar que convidaria Moro para ser ministro caso eleito. O ex-juiz acabou assumindo o Ministério da Justiça no governo Bolsonaro, cargo que deixou um ano e quatro meses depois acusando o presidente de interferir na Polícia Federal.

Em novembro de 2021, Moro se filiou ao PODEMOS com o aval de Álvaro, como pré-candidato à Presidência. Em março, porém, o ex-juiz deixou o partido para se filiar ao União Brasil, sob o argumento de que o PODEMOS não estaria disposto a bancar sua candidatura à sucessão do presidente Jair Bolsonaro (PL).

Só que o União Brasil também barrou as pretensões do ex-juiz, lançando a pré-candidatura ao Planalto do presidente nacional do partido, Luciano Bivar. E Moro, que havia transferido o domicílio eleitoral para São Paulo, passou a dizer que disputaria o Senado pelo estado vizinho.

Com a decisão do TRE, restou ao ex-juiz tentar uma candidatura pelo estado de origem. O problema é que além de ter que disputar uma vaga com o antigo “padrinho” político, Moro também enfrentará resistência do União Brasil, que no Paraná, é presidido pelo deputado federal Felipe Francischini, filho do deputado estadual cassado Fernando Francischini – que na prática, continua comandando a sigla.

Francischini é aliado de Bolsonaro – com quem Moro rompeu - e que já lançou o deputado federal Paulo Eduardo Martins (PL) como pré-candidato ao Senado pelo Paraná. Além disso, o deputado cassado também é aliado do governador e pré-candidato à reeleição, Ratinho Júnior (PSD), que já anunciou a intenção de apoiar a reeleição de Bolsonaro e por consequência, a pré-candidatura de Martins a senador. E dificilmente o União Brasil dará legenda para o ex-juiz disputar o cargo. Restaria a Moro a opção de concorrer à Câmara Federal, o que ele já disse que não querer.

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Fonte: Redação CN Notícias, com informações do Portal Bem Paraná
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