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Média móvel de casos de Covid dispara no Paraná desde o Natal


Brasil Net

Os números cresceram consecutivamente a cada novo informe

Foto: Ilustrativa
A média móvel de casos no Paraná cresceu 226,8% em apenas oito dias

Desde o final de dezembro a média móvel de óbitos no Paraná permanece num patamar relativamente estável, variando entre 1 e 2 registros diários. Por outro lado, os casos novos divulgados nos informes epidemiológicos registraram um verdadeiro salto desde o Natal.

No boletim do dia 25 de dezembro, por exemplo, o Paraná registrava uma média móvel de 138 casos. Desde então, os números cresceram consecutivamente a cada novo informe, atingindo no último boletim a marca de 451 diagnósticos. Temos, então, um cenário no qual a média móvel de casos no Paraná cresceu 226,8% em apenas oito dias.

Até o momento, porém, esse aumento no número de casos não tem refletido numa maior número de pessoas demandando internação. Tanto que no Dia de Natal haviam 68 pacientes internados com quadros suspeitos ou confirmados de Covid-19 no Paraná, 35 deles em enfermarias e outros 33 em UTIs. No dia 1, haviam 51 pacientes hospitalizados, 31 em enfermarias e outros 20 demandando cuidados intensivos.

Entrevistado na última semana pelo Bem Paraná, o infectologista Marcelo Ducroquet, que é também professor do curso de Medicina da Universidade Positivo (UP), relatou que o Brasil e o Paraná podem voltar a enfrentar no Ano Novo momentos de maior pressão sob o sistema de saúde. Tal perspectiva tem como base os impactos que a variante Ômicron já vem provocando em países da Europa e nos Estados Unidos.

“Olhando para o hemisfério norte, americanos e europeus enfrentam uma nova onda [da pandemia], provavelmente relacionada â variante ômicron, e o mundo está vivendo o pico do número de casos, com mais de 1 milhão de casos diários - no auge anterior, em abril, eram 850 mil casos por dia. O número de mortes não acompanhou esse pico, mas tendo uma incidência tão alta, uma ascensão tão rápida, alguma pressão no sistema de saúde vai existir’, afirmou Ducroquet.

A boa notícia, ainda segundo o especialista, é que parecemos estar cada vez mais próximo do momento em que a Covid-19 se tornará uma doença endêmica, com a qual conviveremos quase que normalmente, como já aconteceu, por exemplo, com o H1N1. “Com cada vez mais gente imune e casos menos graves, o coronavírus vai se tornando um vírus de circulação habitual. Esse é um comportamento natural. Um vírus bem-sucedido viaja junto com seu hospedeiro, não mata esse hospedeiro”, apontou ainda o especialista.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal Bem Paraná
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