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Praça de pedágio mais cara do País é uma das primeiras a ter a cobrança encerrada no Paraná


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A Praça de Jataizinho possuía a tarifa mais alta do Anel da Integração, do Estado

Foto: Leonardo Sguarezi/AEN©
Fim das concessões rodoviárias no Paraná - Praça de Pedágio de Jataizinho

A virada do dia 26 para o dia 27 de novembro marcou o “início do fim” dos atuais contratos de concessão de rodovias no Paraná. À meia-noite, as cancelas de 14 praças de pedágio dos lotes 1, 2 e 3 (Econorte, Viapar e Ecocataratas) foram levantadas, e os motoristas deixaram de pagar as tarifas. Na passagem deste sábado (27) para domingo o mesmo vai acontecer em outras 13 praças, dos lotes 4, 5 e 6 (Caminhos do Paraná, Rodonorte e Ecovia).

O encerramento dos atuais contratos foi bastante simbólico, especialmente na região Norte do Paraná, nas proximidades de Londrina. Isso porque a praça de pedágio de Jataizinho possuía as tarifas mais caras do Brasil. O custo partia de R$ 26,40 podendo chegar a R$ 150,50, nos casos de caminhões com 7 eixos. Uma operação foi coordenada no local pela Polícia Rodoviária Federal (PRF), com apoio da Polícia Militar do Paraná. Durante o final da noite e começo da madrugada, quem passava pela praça de pedágio celebrava o fim de uma cobrança considerada por muitos abusiva.

“Estou no sexto ano de Medicina, e durante quatro anos eu me deslocava de Cornélio Procópio para Londrina para estudar, passando por essa praça na ida e na volta”, contou o enfermeiro Fagner da Costa. “Gastei uma quantia incalculável de dinheiro pagando a tarifa aqui”.

Já o contador Samuel Rodrigues de Jesus Júnior salientou que esta é uma chance de realizar a concessão com tarifas menores. “O fim desses contratos é um marco para que o Governo do Estado consiga fazer um novo contrato com um valor justo para a população”, disse.

Houve até quem foi pego de surpresa pelo fim da cobrança. O casal Giovane Gross e Heloísa Cristina chegou às proximidades da praça pouco antes da meia-noite e se surpreendeu com o movimento. “Sabíamos que o contrato estava para acabar, mas não lembramos que era justamente hoje”, contou a autônoma.

O marido, que trabalha como bancário, ressaltou o impacto das cancelas abertas no local. “Nós moramos em Cornélio Procópio, e já gastamos muito dinheiro com pedágio nessa praça e em Cambará. E o problema nem é pagar uma tarifa, pelos serviços que o pedágio oferece, mas tem que ser um valor justo. Como está, gastamos mais com pedágio até do que com o combustível”, lembrou Giovane.

Já o caminhoneiro Ronaldo de Oliveira Sales, que passou conduzindo um caminhão-tanque transportando óleo vegetal, citou que a passagem pelas praças mais caras sempre pesou no orçamento de trabalho. “Com eixo erguido, pagando dois eixos, são R$ 43 só aqui. Com todos os eixos dá mais de R$ 60”, comentou. “A esperança é que, na próxima concessão, a gente pague uma tarifa baixa e que caiba no bolso”.

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Fonte: Redação CN Notícias, com informações da Agência Estadual de Notícias
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