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Grupo que usava escravos para fabricar cigarros e faturava milhões tem braços em Cascavel


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A Operação Tavares, deflagrada também em São Paulo e Rio Grande do Sul, prendeu 24 pessoas na manhã de terça-feira (19)

Foto: PF/RS
O faturamento mensal da organização chegaria a R$ 50 milhões, de acordo com a PF

A Operação Tavares, que investiga uma organização criminosa por contrabando e produção clandestina de cigarros, cumpriu dois mandados de prisão temporária e outros dois de busca e apreensão em Cascavel, no oeste do Paraná, na terça-feira (19). A ação deflagrada pela Polícia Federal e da Receita Federal aconteceu paralelamente no Rio Grande do Sul e em São Paulo.

De acordo com balanço parcial da operação, foram confirmadas 24 prisões, no final desta manhã, referentes aos 40 mandados de prisão expedidos pela Justiça. A investigação apura, ainda, os crimes de redução à condição análoga à de escravo, contra o meio ambiente e corrupção de menores.

A operação cumpre ainda outros 56 mandados de busca e apreensão e são executadas ordens judiciais para sequestro e arresto de 56 veículos, 13 imóveis e valores em contas vinculadas a 23 pessoas físicas e jurídicas, até o valor de R$ 600 milhões.

A investigação iniciou em 2020 para apurar a prática de contrabando de cigarros na região metropolitana de Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul. Diligências realizadas identificaram a existência de uma organização criminosa estruturada para a produção clandestina de cigarros de marcas paraguaias em cidades do estado gaúcho.

Há indícios de que a fabricação seria operada por trabalhadores supostamente cooptados no Paraguai e que seriam mantidos em condições análogas à de escravidão.

Parte dos cigarros produzidos abasteceria o mercado clandestino do Uruguai e pontos de venda no Rio Grande do Sul vinculados à facção criminosa do estado. A estimativa é que a fábrica clandestina produziria cerca de 10 milhões de maços de cigarros por mês, com faturamento mensal de R$ 50 milhões. Conforme projeção da Receita Federal, os impostos, se recolhidos, atingiriam R$ 25 milhões ao mês, somente em tributos federais (IPI, PIS e COFINS).

A operação foi denominada “Tavares” em alusão ao local onde foi identificado o primeiro depósito do grupo, no município da Cachoeirinha. Participam da Operação Tavares 250 policiais federais e 60 servidores da Receita Federal. Ela tem o apoio da Brigada Militar e é acompanhada pelo Ministério Público Federal, Ministério Público do Trabalho e por servidores do Ministério do Trabalho e Previdência Social.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações da Banda B
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