A Câmara Municipal de Santa Fé, no norte do Paraná, aprovou um projeto de lei que prevê que moradores com casos positivos ou com suspeita de Covid-19 usem pulseiras de identificação para cumprir o isolamento.
A proposta foi aprovada na terça-feira (7) e segue para a sanção do prefeito Fernando Brambila (MDB).
Se sancionada a medida determina que o lacre da pulseira só poderá ser retirado do paciente por um profissional de saúde, após os 14 dias de isolamento em casa.
Segundo a autora do projeto, a vereadora Rosa Maria de Souza (PSC), o objetivo é fazer com que as pessoas com casos ou suspeita da doença usem a pulseira com uma espécie de lacre e que cumpram isolamento em casa.
A vereadora argumentou que, se o isolamento estivesse sendo feito da maneira correta, a medida não seria necessária.
"É fazer com que a população entenda que eles têm que ficar em casa. Nós temos uma portaria que fala sobre o isolamento. Então, se a pessoa estiver positivada, com a doença, já tem que ficar em casa 14 dias. Então, você não vai ser discriminado, se ficar em casa durante os 14 dias", afirmou.
O município de Santa Fé possui cerca de 12 mil habitantes e registra 26 mortes por coronavírus, de acordo com dados da Secretaria de Estado da Saúde (SESA). Foram 745 casos confirmados na cidade.
Outros dois municípios do Paraná adotaram a obrigatoriedade das pulseiras para diagnosticados com a doença. Em Chopinzinho, no sudoeste do estado, a lei foi aprovada em fevereiro.
De acordo com a prefeitura de Chopinzinho, quem tirar a pulseira sem autorização pode pagar multa de R$ 324 e responder por crime contra a saúde pública. No município, a lei foi criada após moradores descumprirem a quarentena.
No oeste, a Secretaria da Saúde de Nova Santa Rosa determinou, também em fevereiro, a obrigatoriedade do uso de pulseiras de identificação dos pacientes suspeitos e diagnosticados com a Covid-19 e também das pessoas que convivem com eles.
A pulseira vermelha passou a ser colocada nos pacientes diagnosticados com o novo coronavírus e a pulseira verde nas pessoas que mantém contato com eles no dia a dia.