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Paraguai relaxa quarentena na fronteira com Brasil


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O governo paraguaio suavizou as medidas de restrição no departamento do Alto Paraná, local onde há o maior número de casos de covid-19 no país

Foto: Nathalia Aguilar / EFE
Paraguaios protestam em Assunção contra medidas do governo durante a pandemia

O governo paraguaio flexibilizou na quinta-feira (30) a quarentena rígida que havia imposto em Alto Paraná, um departamento que faz divisa com o Brasil e foi fortemente afetado pelo novo coronavírus, após uma noite de protestos que deixou dezenas de detidos.

O ministro da Saúde Pública, Julio Mazzoleni, disse que combinou com o departamento situado na zona da Tríplice Fronteira com Brasil e Argentina suavizar a medida anunciada na véspera, que visava conter a disseminação do vírus e aliviar os serviços de saúde.

O anúncio de quarta-feira sobre o retrocesso para a fase zero do isolamento causou revolta nos habitantes de Ciudad del Este, capital departamental e principal centro comercial do país, que se congregaram para protestar no centro da localidade.

Imagens de veículos de mídia locais mostraram um grupo de manifestantes atacando um caminhão que acabou em chamas perto da ponte internacional com o Brasil e forçando a entrada em uma instalação comercial local em uma área onde ocorreram saques. A polícia deteve cerca de 60 pessoas, disse a procuradoria.

Após uma reunião com autoridades regionais na quinta-feira, Mazzoleni disse que agora os negócios terão autorização para operar durante o dia. "Existem, porém, estabelecimentos arriscados que combinamos não incluir nestas duas semanas, como serviços de restaurantes e academias de ginástica", disse.

A maior parte do resto do país retomou a atividade econômica, mas grandes eventos continuam proibidos, as aulas presenciais suspensas e as fronteiras fechadas.

O Paraguai acumula 4.866 casos de coronavírus e 46 mortos. Segundo dados oficiais, Alto Paraná concentra mais de 40% dos casos e 33% das mortes.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações da Agência Reuters
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