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'Se não tiver uma boa reforma política, estamos aí para mais 4 anos', diz Bolsonaro


Brasil Net

Após participar da Marcha para Jesus em SP, presidente voltou a falar sobre possibilidade de Disputar Reeleição

Foto: Werther Santana/Estadão
Mais cedo, ele sugeriu se candidatar novamente - contrariando o que disse durante a campanha

O presidente Jair Bolsonaro admitiu na quinta-feira, 20, a possibilidade de disputar um novo mandato em 2022, contrariando seu discurso de campanha, quando defendeu o fim da reeleição. “Se não tiver uma boa reforma política e se o povo quiser, estamos aí para continuar mais quatro anos”, disse o presidente após participar da Marcha para Jesus, evento evangélico realizado na zona norte da capital paulista. Foi a primeira vez, desde que foi eleito, que ele falou sobre o tema de forma explícita.

Mais cedo, durante agenda em Eldorado, no interior de São Paulo, Bolsonaro já havia indicado a intenção de concorrer novamente ao Palácio do Planalto. “Meu muito obrigado a quem votou e a quem não votou em mim. Lá na frente, todos votarão, tenho certeza”, afirmou o presidente a moradores da cidade onde foi criado. “Eu quero mudar o Brasil juntamente com vocês”, continuou. O presidente esteve em Eldorado para visitar a mãe e familiares.

No encontro evangélico, na capital paulista, o presidente foi apresentado pela bispa Sonia Hernandes e pelo apóstolo Estevam Hernandes, da Igreja Renascer em Cristo, organizadores da marcha. Recebido no palco do evento entre vaias tímidas e gritos de “mito” pelo público que acompanhava a maratona de shows de música gospel, Bolsonaro ouviu de líderes evangélicos o desejo para que fique oito anos na Presidência.

Questionado depois por jornalistas, o presidente vinculou uma eventual candidatura à reforma política. “Se tiver uma boa reforma política, eu posso até, nesse caldeirão, jogar fora a possibilidade de reeleição. Posso fazer isso aí. Agora, se não tiver, estamos aí para continuar”, declarou.

Bolsonaro foi o primeiro presidente a participar da Marcha para Jesus, que ocorre em São Paulo há 27 anos e reúne milhares de pessoas, de várias denominações. Um aliado próximo disse acreditar que Bolsonaro “se lançou” à reeleição para estreitar laços com esse público e ter, nesse eleitorado, o esteio de sua popularidade. Entre alguns líderes evangélicos, há, ainda, a expectativa de o presidente atrair um vice desse segmento em um eventual novo mandato.

Acompanhado do deputado Marco Feliciano (Podemos-SP), do senador Major Olimpio (PSL-SP) e do prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), Bolsonaro fez, em seu discurso, diversas menções a Deus, repetiu que, “embora o Estado seja laico, é cristão” e agradeceu o apoio dos evangélicos ao governo. “Quem achava que sucumbiríamos logo no início perdeu. Porque nós temos a verdade e um povo maravilhoso ao nosso lado, que são vocês”, disse. “Vocês foram decisivos para mudar os destinos dessa Pátria maravilhosa chamada Brasil”, declarou, acenando à plateia.

No palco, afirmou ainda. “É muito bom estar entre amigos. Melhor ainda quando são amigos com Deus no coração.” “Primeiro Deus, depois a família respeitada e tradicional acima de tudo. Eu agradeço a Deus primeiro por estar vivo.” Bolsonaro disse também que seu governo pode ser um “ponto de inflexão”, diante do fato de que o Brasil “tem problema de ética, moral e econômico”

Ministério. O presidente também foi questionado sobre a demissão do general Carlos Alberto dos Santos Cruz da Secretaria de Governo e os vazamentos de conversas atribuídas ao ministro da Justiça, Sérgio Moro, quando ele era o juiz responsável pela Lava Jato.

Bolsonaro afirmou que a saída de Santos Cruz é “página virada” e voltou a defender Moro. "Eu tenho dito que o senhor Sérgio Moro é um patrimônio nacional. Nós estamos com estatais quebradas, fundos do pensões quebrados. Os delatores devolvendo mais de R$ 2 bilhões. O País foi saqueado. Ele fez um excelente trabalho. Antiética é essa quadrilha que tinha aqui no passado e roubou o Brasil. E ele conversando, pelo que tudo indica, não através desses vazamentos, mas conversa ele tem. O juiz conversa com ambas as partes. Nada demais. Se é que é verdade aquilo", afirmou.

O presidente disse ainda que o conceito de governabilidade mudou na gestão dele, que tem o apoio dos parlamentares para aprovar a reforma da Previdência e que seu governo não se envolveu em nenhum escândalo de corrupção. "Algum ato de corrupção nesses seis meses de governo? Zero. Sem problema nenhum.

 

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do Jornal Estadão
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