O carro do jornalista e publicitário Andrei Gustavo Orsini Francisquini (foto), morto na madrugada de domingo (12) em Curitiba, após suposto confronto com a Polícia Militar, foi atingido por pelo menos 16 disparos de arma de fogo, conforme apurou a reportagem. Ele estava a cerca de 700 metros de sua casa e horas antes, havia jantado com sua mãe em um restaurante da cidade.
De acordo com o advogado da família, Paulo Crispim, o carro do jornalista foi recolhido ao Batalhão da PM após o ocorrido e a Polícia Civil não foi comunicada, apenas a Corregedoria da Polícia Militar e a Polícia Científica.
A morte de Andrei Francisquini, filho do diretor do jornal Tribuna do Vale de Santo Antônio da Platina, Benedito Francisquini, repercutiu em todo o Estado. Para o jornalista, os policiais terão que provar que Andrei estava armado e efetuou disparos em via pública, conforme nota distribuída à imprensa, após a repercussão do caso.
“O meu filho nunca teve uma arma na vida! Que abordagem foi essa? Alvejaram 16 vezes o meu filho e depois alegam que ele estava armado com uma pistola?”, questiona o jornalista salientando.
“Queremos uma investigação rigorosa e que não seja mais um caso sem solução”, conclui.
O suposto confronto entre Andrei Francisquini e a Polícia Militar ocorreu na Praça da Espanha, no bairro Bigorrilho. O local de bares e restaurantes na área nobre de Curitiba, habitualmente é frequentado por grande número de pessoas, principalmente durante a noite.
O tiroteio em razão da operação policial que resultou na morte do jornalista provocou pânico resultando no fechamento imediato dos estabelecimentos comerciais e dispersão dos clientes.
De acordo com a PM, o veículo dirigido por Andrei Francisquini estava em situação regular, sem alerta de furto ou roubo.
O corpo de Andrei Francisquini será sepultado na cidade de Cambará na manhã de terça-feira (14).