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Cornélio Procópio terá 'operação de guerra' contra praga na citricultura


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Trata-se da BIG Citros, que tem como alvo o greening, a praga mais severa que atinge a citricultura

Foto: Divulgação
A operação será realizada pela ADAPAR

Uma verdadeira operação de “guerra” contra o greening será travada nas regiões de Cornélio Procópio e Londrina e  entre os próximos dias 12 e 16 de maio. Trata-se da BIG Citros, que tem como alvo o greening ou HLB (Huanglongbing), a praga mais severa que atinge a citricultura.

A operação será realizada pela Agência de Defesa Agropecuária do Paraná em parceria com prefeituras de municípios dessas duas regiões, produtores de laranja, indústrias e cooperativas.

A doença é bastante agressiva e está amplamente disseminada nas regiões Norte e Noroeste do Paraná. A gravidade da situação levou o Estado a decretar situação de emergência fitossanitária para a doença em 2023, tendo sido prorrogada.

Tal medida garante ao órgão de defesa o poder de eliminar plantas que apresentem sintomas da doença.

O rigor adotado nas operações de combate à doença se deve ao forte impacto econômico que a presença da bactéria Candidatus liberibacter spp (que provoca o greening) provoca em toda a cadeia da citricultura.

Segundo dados apresentados pela fiscal da ADAPAR, quando a doença foi registrada na Flórida, nos EUA em 2004, a produção de laranjas naquela região era de 150 milhões de caixas, de lá para cá, o volume despencou para 21 milhões de caixas na safra do ano passado, uma quebra de 86%.

Ao infecta a planta, o greening provoca queda prematura dos frutos, bem como levando a produção de frutos menores, deformados, com açúcares reduzidos e acidez elevada, diminuindo a qualidade e o seu valor comercial tanto para o consumo in natura como para produção industrial de sucos.

A operação prevê o ataque aos dois pontos críticos para o controle da situação. O primeiro consiste na erradicação de plantas hospedeiras doentes e na segunda frente, a eliminação do inseto vetor da bactéria que provoca do greening, o psilídeo Diaphorina Citri, que voa de planta em planta para se alimentar, espalhando a doença muito rapidamente.

A erradicação de plantas contaminadas durante a operação se dá principalmente em quintais e pequenos pomares nas áreas urbana e rural localizadas num raio de até quatro quilômetros de áreas de produção comercial de laranja e outros cítricos.

A operação prevê a eliminação de árvores de frutas cítricas (laranja, limões, tangerinas etc), bem como da murta (Murraya paniculatta), planta hospedeira do psilídeo.

A fiscal da aDAPAR afirma que os trabalhos de combate à doença começam antes mesmo da Operação Big Citros ser aplicada.

A operação irá atender cerca de 200 pontos com plantas contaminadas nas duas regiões e a realização do cadastro de aproximadamente 400 propriedades comerciais de citros.

A operação será realizada por duplas de fiscais de defesa agropecuária, que farão as notificações para erradicação das plantas..

As autorizações de erradicação têm sido autorizadas de imediato. Nos casos em que há resistência, o produtor será notificado para erradicar a planta em até 20 dias. Caso não atenda à determinação, será autuado, com a multa podendo chegar a R$ 6 mil por planta não erradicada.

 

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Fonte: *Redação CN, com informações do Jornal Folha de Londrina
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