O Ministério Público do Paraná denunciou por estupro de vulnerável e outros crimes, três pessoas investigadas por violentarem uma mulher em Cândido de Abreu, no Norte Central do estado, em janeiro deste ano. A vítima, uma mulher indígena, tem 23 anos.
A denúncia de estupro coletivo foi oferecida na quinta-feira, 13 de março, pela Promotoria de Justiça de Cândido de Abreu e tramita sob sigilo.
Segundo as apurações, entre os dias 25 e 26 de janeiro, em uma residência localizada na Rodovia PR-487, em frente à comunidade indígena Faxinal de Catanduvas, os três réus – duas mulheres indígenas e um homem não indígena – ofereceram bebida alcoólica à vítima e aproveitaram-se de seu estado de vulnerabilidade para cometerem os crimes.
Consta da denúncia que as duas rés teriam atuado em conjunto para permitir que o réu violentasse sexualmente a vítima e depois a teriam filmado, além de também praticarem atos libidinosos.
Os réus divulgaram em redes sociais os vídeos que fizeram dos atos criminosos.
Ao tomar conhecimento da violência sofrida e da divulgação das imagens, a vítima teria confrontado os acusados, que a agrediram, desferindo contra ela golpes que lhe causaram lesões corporais leves.
Os três responderão pelos crimes de estupro de vulnerável (tendo como causa de aumento de pena o fato de ter sido praticado de forma coletiva) e lesão corporal, bem como pelo registro e divulgação não autorizados de imagens de ato libidinoso.
Considerando a ampla repercussão do caso na região, especialmente a partir da divulgação das imagens, o Ministério Público do Paraná alerta que é crime o compartilhamento ou a divulgação por qualquer meio do conteúdo criminoso – quem o fizer estará sujeito a responsabilização criminal.