A pedido do Ministério Público do Paraná, foi decretada pelo Judiciário, a prisão preventiva de um advogado investigado na Operação Brutus, que apura atuação de associação criminosa envolvida com tráfico de drogas a partir da unidade prisional de Cornélio Procópio.
A decisão pela preventiva foi expedida pela Vara Criminal de Cornélio Procópio, que também foi recebida pelo Juízo a denúncia oferecida pela 2ª Promotoria de Justiça da Comarca contra o advogado e outras 14 pessoas também investigadas pelos fatos.
As apurações da Operação Brutus tiveram início a partir de análise de conteúdo de celular apreendido pela Polícia Penal em maio de 2024 por ocasião de revista realizada na Cadeia Pública de Cornélio Procópio.
Comprovou-se que presos simulavam atendimentos jurídicos com o advogado com a finalidade de receberem deste drogas, fumo e aparelhos de telefone celular.
Segundo apurado, o material ilícito entregue aos presos era comercializado no interior do estabelecimento prisional.
O advogado estava preso temporariamente desde novembro de 2024, sendo a ordem de prisão e demais diligências acompanhadas por representantes da Ordem dos Advogados do Brasil.
Entre os denunciados, que responderão pelos crimes de associação criminosa, tráfico de drogas e favorecimento real impróprio, estão, além do advogado, os presos relacionados aos fatos e alguns familiares também com envolvimento nos ilícitos praticados (geralmente responsáveis pelos pagamentos ao advogado).
O nome da operação faz alusão à expressão supostamente dita pelo ditador romano Júlio César, no momento de seu assassinato, ao seu filho adotivo Marco Bruto e é amplamente utilizada para significar a inesperada traição de alguém próximo.
No caso, a referência é ao advogado, que traiu seu o juramento ético para supostamente cometer crimes.