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Homens com barba podem ser parceiros mais confiáveis


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O estudo sugere que eles tendem a procurar relacionamentos a longo prazo e têm mais vontade de construir família

Foto: Ilustrativa
Foram entrevistados mais de 400 homens entre 18 e 40 anos

Uma pesquisa feita por cientistas na Universidade da Silésia, na Polônia e da Universidade de Pádua, na Itália, sugere que parceiros confiáveis parecem ter uma característica em comum: a barba.
Os resultados apontam que manter os pelos faciais é uma característica que pode estar associada a determinadas motivações sociais, além de simbolizar um maior empenho com o cuidado e a responsabilidade familiar.
No artigo publicado na revista científica Archives of Sexual Behavior, os pesquisadores apresentaram informações obtidas a partir de entrevistas com 414 homens poloneses, entre 18 e 40 anos de idade.
Os participantes tiveram que preencher um formulário com informações sobre suas motivações para cuidar de barba e cabelos, suas necessidades sociais, opiniões sobre papéis de gênero e competição com outros homens.
Estudos anteriores, que exploravam a percepção da população acerca de homens barbudos, já haviam determinado que os barbados podem ser mais confiáveis, amigáveis e até mesmo mais capacitados para assumir o papel de pais.
A equipe descobriu que homens com barba tendem a valorizar relacionamentos de longo prazo e são mais interessados em cuidar de sua família do que aqueles sem pelos faciais.
Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores consideraram determinadas escalas sociais. Por exemplo, a Escala de Estresse relativa ao Papel de Gênero Masculino, métrica muito usada em pesquisas sobre o assunto -que, no novo estudo, foi traduzida do inglês para o polonês.
A metodologia consiste em cinco subescalas, que descrevem como homens se sentem em situações relacionadas à inadequação física (com afirmações como "não ser capaz de encontrar um parceiro sexual"), subordinação a mulheres ("estar com uma mulher que é mais bem-sucedida do que você"), inferioridade intelectual ("trabalhar com pessoas que parecem mais ambiciosas do que você") e falha de desempenho ("ser incapaz de ter um desempenho sexual").
Com relação a competitividade masculina, foi utilizada a Escala de Competição Intrasexual, que examinou os níveis de inveja dos participantes (“não suporto quando conheço outro homem que é mais atraente do que eu”), ciúme (“procuro características negativas em homens bem-sucedidos”) e superioridade (“sempre quero vencer outros homens/mulheres”).
Os homens que mais se incomodavam com o gênero oposto foram aqueles que não possuíam tantos pelos faciais. Isso, de acordo com o estudo, indica que deixar a barba crescer não é uma estratégia para compensar possíveis tentativas de reforçar a masculinidade.
“A mistura de motivações afiliativas e competitivas, que se correlacionam com o aumento dos pelos faciais, sugere que os homens que são motivados pelo aumento dos pelos faciais também querem se apresentar como aliados e amigos valiosos e confiáveis”, dizem os autores, no artigo.
Vale notar que, por ser baseada em relatos dos próprios voluntários, os resultados podem se basear nas crenças conscientes dos participantes e não necessariamente em suas motivações reais.
Além disso, a pesquisa não levar em consideração a variedade de tipos de pelos faciais e como os homens os modelam. Por isso, novas pesquisas são necessárias para expandir a compreensão sobre o assunto.

 


Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Revista Galileu
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