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Alemanha tenta atrair mão de obra brasileira nas áreas de enfermagem e ensino


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O governo alemão incentiva a migração de profissionais após os 200 anos da chegada do primeiro grupo de germânicos ao Brasil

Foto: Ilustrativa
A Alemanha possui carência em mais de vinte ocupações no país

O esforço crescente da Alemanha para atrair mão de obra de outros países —incluindo o Brasil, que, 200 anos depois de receber seus primeiros imigrantes germânicos, vem contribuindo com um fluxo cada vez mais numeroso para a nação europeia.
A migração é vital para a sobrevivência de alguns setores da economia alemã. Como outros países desenvolvidos, a Alemanha hoje sofre com a redução da natalidade e com o envelhecimento de sua população e embora tenha políticas mais favoráveis a refugiados do que muitos de seus vizinhos, lida com carência de mão de obra em diversas frentes.
A crise demográfica só faz aumentar a demanda por profissionais de algumas dessas áreas. São exemplos a enfermagem e o cuidado de idosos, ocupações que se tornam mais necessárias à medida que a população envelhece e profissões ligadas ao ensino infantil, fundamental para sustentar as políticas do governo que buscam incentivar a população a ter filhos.
Foi nesse contexto que, em 2020, a Alemanha aprovou a Lei de Imigração Qualificada, que facilita a vinda de profissionais do que eles chamam de "países terceiros" —isto é, que não pertencem à União Europeia— com experiência prática ou treinamento vocacional em determinadas áreas.
A lista oficial contempla mais de 20 ocupações em que há carência de mão de obra no país.
Além disso, o governo da nação europeia vem desde 2022 firmando acordos de facilitação de migração com nações específicas, como Índia, Geórgia, Marrocos e Colômbia, negociando tratados semelhantes com outros países —incluindo o Brasil, com quem o Ministério de Trabalho alemão recentemente assinou uma declaração de intenções para promover a migração de trabalhadores.
Isso sem falar em parcerias entre o governo alemão com setores ou órgãos específicos, como o acordo que ele firmou com o COFEN (Conselho Federal de Enfermagem), em 2022 para facilitar a ida de enfermeiros brasileiros para a Alemanha e da atuação intensa de empresas de recrutamento alemãs no Brasil.
O programa se baseia em um sistema de pontos no qual fatores como idade, experiência e formação profissional, conhecimentos da língua alemã e contato prévio com a cultura correspondem cada um a uma determinada quantidade de pontos.
Candidatos que obtiverem uma determinada pontuação mínima têm um ano para procurar uma ocupação compatível com as suas qualificações.

 


Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Folha de São Paulo
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