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PGE pede prisão de sindicalista líder da greve dos professores no Paraná


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A presidente da APP-Sindicado declarou que tratativas estão sendo feitas para evitar a prisão: “É um absurdo”

Foto: DivulgaçãoReprodução/ @walmazeto / Instagram / Orlando Kissner/ ALEP
A presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto

A Procuradoria-Geral do Estado pediu na noite de terça-feira (4), a prisão da presidente da APP-Sindicato, Walkiria Olegário Mazeto, em razão da greve dos professores no Paraná.
O órgão pede a imediata detenção, além de aumento na multa diária para a entidade – de R$ 10 mil para R$ 100 mil – e também para a líder do movimento – multa diária de R$ 10 mil.
A PGE aponta que houve crime de desobediência por parte da líder sindical, durante o ato grevista que teve início na última segunda-feira (3).
No final de semana, antes do movimento, o Tribunal de Justiça do Paraná determinou a suspensão da greve e estabeleceu R$ 10 mil como multa diária caso manifestações fossem realizadas.
Na decisão, a desembargadora Dilmari Helena Kessler disse que o sindicato estava impedido de realizar qualquer movimento grevista até que apresentasse um plano de manutenção das atividades educacionais.
Apesar da determinação da justiça, professores e educadores iniciaram uma greve na segunda-feira (3), quando houve uma invasão no prédio da Assembleia Legislativa do Paraná e continuaram a concentração em frente à sede dos deputados na terça-feira (4).
Na quarta (5), eles organizaram um movimento em frente a Secretaria de Educação do Estado do Paraná, em Curitiba.
De acordo com a sindicalista Walkiria Olegário, a concentração de manifestantes na Avenida Presidente Kennedy, em frente da secretaria, é para pedir uma conversa com o secretário de educação.
A presidente da APP-Sindicato revela que é necessário este debate para que sejam cessadas as ameaças e a greve seja suspensa.
“É um absurdo (pedido de prisão), novamente uma prática anti-sindical. Desde antes do início da greve estamos vendo o estado se organizar para coibir o movimento, para que as pessoas não pudessem fazer o movimento contrário do projeto que estava na ALEP. Esta é só mais uma prática anti-sindical desse estado contra a APP-Sindicato e contra todos movimentos que podem fazer luta”, comentou Walkiria.
Também a respeito do pedido de prisão, a presidente da APP-Sindicato destacou que ainda se trata de um processo e não foi realizado despacho por um desembargador.
“Para pedir a manifestação [da prisão], precisa ter esse despacho. Está parado aguardando decisão do desembargador […] Tanto no campo político, como jurídico, estamos atuando para que não ocorra (a prisão). Todas as tratativas estão sendo feitas. Eu acredito que o estado não chegará a esse ponto, uma vez que é um pedido desproporcional ao tamanho do que foi o movimento”, completou.
Walkiria também destacou que o plano de reposição exigido pela justiça foi apresentado no domingo (2), antes do início da greve. A líder sindical tenta impedir que manifestantes sejam punidos individualmente por atos na ALEP.
Em nota divulgada na manhã de quarta, assinada pela procuradora Mariana Carvalho Waihrich, a PGE reforça o pedido de majoração das multas diárias, diante de uma nova publicação da APP-Sindicato, onde destaca que a greve continua.
De acordo com o governo do Paraná, um levantamento realizado pela Secretaria da Educação revelou que 87% das mais de 2 mil escolas da rede estadual estão funcionando normalmente, sem adesão de professores à greve convocada pelo sindicato da categoria.

 


Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da RIC Mais
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