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Faixas de trânsito confundem motoristas e pedestres em Apucarana


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A rua está sendo revitalizada para se tornar um "shopping a céu aberto"

Foto: Divulgação
Em nota, a SENATRAN informou que as novas faixas são irregulares

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A Rua Ponta Grossa é uma das principais vias da área central de Apucarana, no Norte do Paraná, por onde passam diariamente cerca de 7 mil veículos e 180 ônibus, que fazem as linhas do transporte coletivo.
A rua está sendo revitalizada para se tornar um "shopping a céu aberto" e segundo a prefeitura, apesar de bastante curiosas, as novas faixas de pedestre fazem parte dessa proposta urbanística.
Carlos Mendes, responsável pelo trânsito em Apucarana, assegura que, de acordo com o Código de Trânsito Brasileiro, a sinalização está dentro da regra, considerando que é obrigatório a faixa ter no mínimo três metros, mas é apenas recomendado ter no máximo quatro metros.
“O padrão dá uma abertura para a faixa ser assim. Como não é uma coisa fixa, estamos dentro da regra. Nós usamos a legislação”, disse.
Em nota, a Secretaria Nacional de Trânsito informou que as novas faixas de pedestres implantadas são irregulares.
A SENATRAN é o órgão máximo executivo do Sistema Nacional de Trânsito. A secretaria tem jurisdição sobre todo o território brasileiro. Seu objetivo principal é fiscalizar e fazer cumprir a legislação de trânsito e a execução das normas e diretrizes estabelecidas pelo Conselho Nacional de Trânsito.
Segundo o órgão, são dois tipos de faixas de pedestres permitidas: a zebrada e o tipo paralela.
"Desta forma, esclarecemos que a sinalização horizontal instalada na região central de Apucarana está em desacordo com a legislação de trânsito vigente", informou a SENATRAN após analisar fotografias de Apucarana.
"Na concepção e na implantação da sinalização de trânsito deve-se ter como princípio básico as condições de percepção dos usuários da via, garantindo a sua real eficácia. Para isso, é preciso assegurar à sinalização horizontal”, disse a nota.
Para algumas pessoas a novidade é confusa pois, no meio do cruzamento as faixas se encontram, avançam pelas esquinas e terminam na rua lateral.
“Aparentemente é bonito, mas achei confuso. Não entendi muito bem o propósito. E acho que se for para agente passar na diagonal, talvez não seja muito respeitado. Não sei se vai fazer muita diferença, acho que vai fazer mais confusão do que ajudar”, disse a estudante Kiria Souza de Oliveira Santos.
O autônomo Sidnei José de Oliveira também ficou confuso ao se deparar com a mudança pela primeira vez.
“Nunca tinha visto desse jeito não. Acho que isso vai confundir, porque você não sabe por onde vai”, comentou.
Para outras pessoas, entretanto, o modelo é inovador e ajuda os motoristas a prestarem mais atenção nos cruzamentos.
“É uma inovação, acho que é útil. Ficou mais fácil para o pedestre e mais visível para o carro que chega no sinaleiro. Não vejo confusão, é uma questão de costume. É só prestar atenção”, disse o contador Luiz Francisco Beffa.
O engenheiro civil Ambrosio Maistrovcz definiu o modelo como “sui generis”, expressão em latim que representa a ideia de originalidade e singularidade.
“Ficou excelente e é isso que a gente precisa, uma cidade bonita e organizada”, elogiou.

 

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal TN Online
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