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Prefeito de Faxinal, no Norte do Paraná é investigado por atos de improbidade


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Segundo o MP, além de movimentações financeiras suspeitas com empresários, o prefeito usava carro do executivo e servidor municipal em sua propriedade rural

Foto: TN Online
O prefeito de Faxinal Ylson Álvaro Cantagallo, conhecido com Gallo (PSD)

O MP (Ministério Público) do Paraná cumpriu 29 mandados de busca e apreensão no âmbito da Operação Resto, que apura a prática de atos de improbidade, especialmente dano ao erário e enriquecimento ilícito. As ordens judiciais foram cumpridas na terça-feira (29) em Faxinal, Tamarana, Jardim Alegre, Ivaiporã, Curiúva e Sapopema, no Vale do Ivaí, no Norte do Paraná. 

Durante a operação, foram cumpridos mandados nas residências do prefeito Ylson Álvaro Cantagallo, conhecido com Gallo (PSD), de seus filhos, do secretário municipal de Planejamento e do advogado do município. Foram realizados três flagrantes por posse de armas e munições pelos investigados.

"No decorrer das diligências foram recolhidos muitos documentos que confirmaram ou ratificaram elementos probatórios da investigação. Na propriedade rural do prefeito constatou-se a utilização de servidor público municipal e de veículo municipal prestando serviços particulares ao prefeito, o que materializa e concretiza crime de responsabilidade", disse o coordenador do Gepatria, o promotor de Justiça, Renato de Lima Castro. 

Segundo o promotor, por conta da prerrogativa de ser prefeito, o processo contra ele será encaminhado para a subprocuradora-geral que tem responsabilidade de propor ações de crimes praticados por prefeitos.

De acordo com apuração do MP, empresários da região de Faxinal e Jardim Alegre teriam realizado movimentações bancárias suspeitas com o atual prefeito, secretários municipais e familiares do chefe do Executivo, em valores que ultrapassam R$ 1 milhão, com o objetivo de obterem favorecimento em licitações conduzidas pelo município, em especial procedimentos envolvendo recapeamento asfáltico, fornecimento de peças e manutenção de veículos da frota municipal, bem como contratação de mão de obra terceirizada e serviços de engenharia.

As investigações apontaram que diversas empresas administradas por um grupo econômico familiar teriam sido beneficiadas indevidamente, por meio da prática de vários atos de direcionamento em processos licitatórios.

Foram constatados ainda indícios de superfaturamento referentes à aquisição de peças e serviços de mão de obra mecânica em veículos da frota municipal: o montante dos valores liquidados no período de 2020 a 2021, supostamente referentes às peças e serviço de manutenção, chegam a representar mais do que o valor de mercado dos carros a que se destinam.

O Gepatria também verificou que uma empresa contratada pelo município de Faxinal para fornecimento de mão de obra terceirizada e serviços de engenharia aparentemente consistiria em empresa intermediária ou “de aluguel”, controlada indiretamente pelos agentes públicos investigados.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações do MPPR
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