Há bloqueios em 18 pontos de estradas federais, segundo balanço divulgado pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) no sábado (19), caminhoneiros fizeram protestos e bloquearam totalmente 17 rodovias na noite de sexta-feira, 18, nos estados de Minas Gerais, Rondônia, Mato Grosso, Pará e Paraná.
As manifestações ocorreram nas cidades de Sorriso (MT), Campo Novo do Parecis (MT), Porto Velho (RO), Ouro Preto do Oeste (RO), Itapoã do Oeste (RO), Ariquemes (RO), Jaru (RO), Ji-Paraná (RO), Presidente Médici (RO), Cacoal (RO), Sapezal (MT), Uberaba (MG), Novo Progresso (PA), Itaituba (PA) e União da Vitória (PR).
Além disso, também foram registrados pela PRF 12 bloqueios parciais ao redor do Brasil.
Ao todo, já foram desfeitas 1.173 manifestações desde o final da disputa eleitoral no dia 30 de outubro.
Também na sexta, duas pistas da Rodovia Castelo Branco foram bloqueadas por manifestantes que protestam contra a volta do Partido dos Trabalhadores (PT) à Presidência da República.
Os atos começaram por volta das 19h45 e as vias só foram liberadas por volta das 23h50.
Além da anulação da eleição presidencial, os participantes do protesto reivindicam o afastamento de todos os ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), a convocação de novas eleições e o cancelamento das multas que o Supremo Tribunal Federal (STF) aplicou sobre motoristas que bloquearam as vias.
Os protestos nas estradas foram iniciados após o resultado das eleições, no último dia 30 de outubro, quando Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito para mais um mandato à frente da Presidência da República a partir do ano que vem.
No dia 31 e outubro, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinou que as rodovias fossem desbloqueadas.
Para o ministro, as manifestações “desvirtuam o direito constitucional de reunião”.
“O quadro fático revela com nitidez um cenário em que o abuso e desvirtuamento ilícito e criminoso no exercício do direito constitucional de reunião vem acarretando efeito desproporcional e intolerável sobre todo o restante da sociedade”, enfatizou em sua decisão.