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Justiça dos EUA condena casal que tentou vender segredos militares ao Brasil


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Um engenheiro nuclear e esposa alegaram que tentavam deixar país por oposição a Trump

Foto: Autoridade Regional Penitenciária e Correcional da Virgínia Ocidental
O plano não chegou a ser consolidado, já que à época o governo brasileiro comunicou o FBI

A Justiça dos Estados Unidos condenou um engenheiro nuclear e sua esposa por tentarem vender segredos militares dos americanos ao Brasil há dois anos. O plano não chegou a ser consolidado, já que à época o governo brasileiro comunicou o FBI, polícia federal americana, sobre o caso.

Segundo o jornal The Washington Post, Jonathan Toebbe, 44, um profissional com autorização de segurança ultra-secreta na Marinha dos EUA, admitiu ter tentado vender dados sigilosos sobre a tecnologia por trás dos reatores nucleares que movimentam a frota de submarinos de ataque do país. O artefato custa cerca de US$ 3 bilhões (R$ 16 bilhões).

Para isso, ele contou com a ajuda de sua esposa, Diana Toebbe, professora de uma escola particular em Annapolis (Maryland).

A identidade do país abordado pelos Toebbes não foi revelada, mas segundo um membro do governo brasileiro e pessoas informadas sobre a investigação, Jonathan Toebbe abordou o Brasil há mais dois anos, oferecendo milhares de páginas de documentos confidenciais sobre reatores nucleares que ele havia roubado do centro da Marinha dos EUA em Washington ao longo de vários anos.

Após Jonathan enviar uma carta oferecendo os segredos à agência de inteligência militar do Brasil, em abril de 2020, as autoridades do país entregaram a carta ao adido legal do FBI no país. Então, a partir de dezembro daquele ano, um agente disfarçado da polícia americana se fez passar por uma autoridade brasileira para conquistar a confiança de Toebbe e convencê-lo a depositar os documentos num local escolhido pelos investigadores.

O engenheiro afinal concordou em fornecer o material e ofereceu assistência técnica ao programa de submarinos nucleares do Brasil, usando informações confidenciais que havia obtido durante anos de trabalho para a Marinha. Jonathan e Diana foram presos em outubro de 2021 e se declararam culpados das acusações de espionagem ainda no ano passado.

No julgamento de quarta, a juíza distrital Gina Groh chamou os Toebbes de “traidores confessos” que cometeram “atos horríveis contra esta nação”. A magistrada disse ainda que o crime do casal foi um dos mais graves que ela já viu em sua carreira e poderia causar “danos a soldados americanos, militares e civis”. A tecnologia vendida por Jonathan permite que os submarinos permaneçam submersos por períodos mais longos e se movam mais furtivamente, de acordo com documentos judiciais.

O crime prevê prisão perpétua, mas ao fim Jonathan foi condenado a 19 anos de prisão e sua esposa a quase 22 anos.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações da Folhapress
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