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Governo do Paraná investiga suspeita de tráfico de pessoas e diz que há pelo menos vinte brasileiros entre as vítimas


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Segundo o governo, vítimas relataram ter ido para o Camboja sob promessa de trabalho com criptomoedas e pagamentos mensais de 900 dólares

Foto: Ilustrativa
Segundo o governo, vítimas relataram ter ido para o Camboja sob promessa de trabalho com criptomoedas e pagamentos mensais de 900 dólares

O Governo do Paraná informou que investiga suspeita de tráfico de pessoas na Ásia e que entre as vítimas estão vinte brasileiros. Segundo o governo estadual, pelo menos cinco paranaenses estão no grupo suspeito de estar em cárcere privado e em situação análoga à escravidão no Camboja. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) e a Polícia Federal (PF) foram acionados pelo Paraná e estão na investigação.

O governo do Paraná afirmou também ter acionado a Organização Internacional para as Migrações (OIM), braço da ONU que também está mobilizado para prestar assistência às vítimas.

De acordo com o governo estadual, as vítimas relataram terem ido para o país asiático convencidas a trabalhar com venda de moedas digitais para brasileiros. A promessa de salário seria de 900 dólares por mês (pouco mais de R$ 4 mil), além de moradia, refeições e das passagens aéreas.

O governo diz ter sido acionado por vítimas que conseguiram acesso à internet. O Paraná afirma estar prestando auxílio a todos os integrantes do grupo, mesmo os que não são paranaenses.

Um vídeo mostra o suposto local onde os brasileiros ficariam: um quarto com várias camas beliche, banheiro e uma sacada fechada por grades.

Núcleo de Enfrentamento de Tráfico de Pessoas (NETP-PR) da Secretaria de Justiça, Família e Trabalho (SEJUF), detalhou que entre os abusos está o cerceamento de idas ao banheiro, caso passem o tempo, pagam multa.

As vítimas também são supervisionadas 24 horas por dia.

Segundo o Governo do Paraná, a investigação indica que os brasileiros são de diversas regiões do país - o governo não detalhou de quais estados especificamente.

Todas as vítimas seriam aliciadas por uma quadrilha chinesa, com integrantes brasileiros, que faz as promessas de trabalho.

Mesmo vigiados, segundo o governo, o grupo continua com acesso à internet. Foi desta forma que eles conseguiram procurar o Núcleo de Enfrentamento ao Tráfico Humano do Paraná.

De acordo com o governo, o fato de o Camboja não ter consulado brasileiro está dificultando o resgate destas pessoas.

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Fonte: Redação Cornélio Notícias, com informações do G1 Paraná
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