A Polícia Civil do Paraná investiga uma denúncia de que duas professoras teriam torturado uma criança de dois anos em Sarandi, no norte do Estado. A informação chegou até as autoridades por meio da mãe que registrou um boletim de ocorrências.
Conforme o relato da mãe, uma terceira professora informou que flagrou a criança presa dentro de um baú para brinquedos - que tem formato de hipopótamo - por aproximadamente cinco minutos. Uma das suspeitas ainda sentou em cima do objeto causando pânico na criança e a impedindo de sair.
A testemunha foi ouvida pelo delegado Adriano Garcia, que investiga o caso. Segundo ele, a mulher chorou várias vezes ao lembrar dos detalhes. Em seu depoimento, a testemunha disse que estranhou o sumiço da criança na escola e foi verificar. Foi quando escutou o choro dela vindo de dentro de um baú para brinquedos, que tem formato de hipopótamo, onde uma professora estava sentada sobre a tampa. Outra professora teria presenciado tudo desde o início e não fez nada para ajudar a aluna.
A mulher disse ao delegado que as suspeitas pediram para que ela não revelasse nada do que tinha presenciado.
“Elas pediram para não contar nada, manter isso em segredo, quando perceberam meu espanto ao ver a criança sendo tirada do brinquedo”, disse o delegado Adriano Garcia.
O caso aconteceu no Conjunto Alvamar, em Sarandi. Assim que a denúncia foi feita, as duas suspeitas apresentaram atestados médicos.
A Secretaria de Educação abriu uma sindicância e pediu o afastamento das duas, o que aconteceu quando elas retornaram as atividades.
No mesmo processo, a Secretaria de Educação ainda pediu explicações à diretora da instituição de ensino, que não teria avisado os superiores, assim que soube do caso.
No entendimento de Garcia, o crime não configura apenas maus-tratos, mas crime de tortura. O objeto foi apreendido e está na delegacia de Sarandi. As duas professoras serão interrogadas nos próximos dias.
Em nota, a prefeitura a Secretaria Municipal de Educação informou que as circunstâncias do possível ocorrido estão sendo apuradas e o pronunciamento será realizado nos autos, dentro dos prazos, respeitando a legislação vigente.
Com informações do GMC Online e CBN Maringá.