Uma operação do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) cumpriu mandados na Câmara de Vereadores e na Secretaria de Bem Estar Animal de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, na sexta-feira (9).
O grupo investiga um esquema de "rachadinha" no gabinete da vereadora Carolina Dedonatti (PP).
De acordo com o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a parlamentar e pessoas próximas a ela, inclusive um policial civil, são suspeitos de exigir parte dos salários de assessores nomeados para o gabinete.
A defesa da vereadora afirmou em nota que a operação desta sexta se baseou em acusações falsas de opositores com o objetivo de atingir a carreira política, danificar a imagem e campanha eleitoral dela. A defesa disse ainda que a operação foi "desproporcional".
O MP afirmou ainda que além do esquema, também é investigada a influência da vereadora na Diretoria de Bem Estar Animal (Diba). Além de indicar funcionários para a diretoria, a vereadora usava o local como extensão do gabinete, segundo o MP.
Eles são investigados pelos crimes contra a administração pública, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
A Prefeitura de Foz do Iguaçu disse que está à disposição para esclarecimentos e que se for comprovada qualquer irregularidade, que será instaurado procedimento administrativo para averiguação.
Foram cumpridos nove mandados de busca e apreensão nas residências dos investigados em Foz do Iguaçu e também nos gabinetes da parlamentar e do Diretor Jurídico da Câmara de Vereadores.
Também foram feitas buscas na Secretaria Municipal de Bem Estar Animal e na sede de uma associação que atua junto a animais resgatados.
Foram apreendidos aparelhos celulares, documentos, computadores e R$ 4 mil em espécie.