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Após render guardas, 35 presos ligados ao PCC fogem de penitenciária


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Grande efetivo policial foi mobilizado para fazer cerco aos fugitivos e pelo menos 15 foram recapturados

Foto: Reprodução/Porã News
O centro prisional fica a 330 quilômetros de Foz do Iguaçu

Ao menos 35 presos ligados à facção paulista Primeiro Comando da Capital (PCC) renderam os guardas e fugiram da Penitenciária Regional de Misiones, no Paraguai, no fim da tarde de domingo (7). O centro prisional fica a 330 quilômetros de Foz do Iguaçu, no Paraná, e a 480 quilômetros de Ponta Porã, em Mato Grosso do Sul. A Polícia Nacional do Paraguai comunicou a fuga para as Secretarias de Segurança Pública dos dois Estados.

Um grande efetivo foi mobilizado para um cerco aos fugitivos. Até a manhã de segunda-feira (8), 15 tinham sido recapturados, segundo o Ministério da Justiça. Um deles foi baleado, mas sobreviveu.

O comandante das forças de busca, comissário Baldomero Benitez, pediu apoio aéreo após informar que parte dos fugitivos havia deixado a região de Misiones. Segundo ele, os foragidos já podem ter chegado às fronteiras do Brasil e da Argentina.

Na manhã de segunda-feira (8), o ministro da Justiça paraguaio, Édgar Olmedo, anunciou uma intervenção na penitenciária e o afastamento definitivo do diretor do centro de reclusão. Segundo ele, os presos foram recrutados como "soldados" pelo PCC.

Conforme relatório divulgado pela administração prisional, no fim da tarde de domingo (7), os presos que estavam no pavilhão reservado a integrantes do PCC renderam os carcereiros, tomaram suas armas e os usaram como reféns para sair do pavilhão. Em seguida, eles pularam a muralha, usando cordas feitas com lençóis.

De acordo com o ministro, não está descartada a possível cumplicidade dos guardas com os fugitivos. O diretor do presídio estava suspenso do cargo depois que uma operação do ministério encontrou grande quantidade de armas e drogas em poder dos presos.

Ainda segundo Olmedo, a fuga expõe toda a sociedade pois entre os fugitivos estão detentos de alta periculosidade, acusados de homicídios, assaltos e tráfico internacional de drogas.

Para Olmedo, o episódio reforça a influência que o PCC está conseguindo no sistema carcerário paraguaio. Segundo ele, a facção brasileira está ganhando "corpo e espaço" na sociedade paraguaia. Desde que a facção brasileira passou a agir no Paraguai, há cerca de 10 anos, disputando as rotas de tráfico de drogas e armas com a facção carioca Comando Vermelho (CV) e grupos locais, o PCC passou a recrutar "soldados", sobretudo nos presídios.

Conforme dados oficiais, 1.060 integrantes do PCC estão espalhados por seis das 10 penitenciárias paraguaias que, juntas, abrigam 16,2 mil presos. A penitenciária de Ciudad del Este, na fronteira com Foz do Iguaçu, tem o maior número de presos ligados à facção: 480. Já na penitenciária regional de Pedro Juan Caballero, vizinha à brasileira Ponta Porã, são 96 presos vinculados ao PCC.

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Fonte: Redação CN Notícias, com informações do Estadão Conteúdo
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