Marcelo Arruda, tesoureiro do PT em Foz do Iguaçu (PT), assassinado a tiros por um militante durante a comemoração de seu aniversário de 50 anos no sábado, dia 9. O crime foi cometido pelo policial penal federal Jorge Guaranho.
Também baleado, Guaranho foi internado e, em seguida, teve prisão preventiva decretada.
Por meio de uma chamada de vídeo, Bolsonaro conversou com irmãos do guarda civil. O presidente propôs recebê-los para um pronunciamento à imprensa, no Palácio do Planalto.
Arruda era sindicalista da categoria e já havia se reunido com Bolsonaro no Congresso, quando o presidente exercia mandato de deputado federal. Os irmãos dele são simpáticos ao governo.
"Por mais que, porventura, tenha tido uma troca de palavras grosseiras, não justifica o cara voltar armado e fazer o que ele fez", disse o presidente durante a chamada de vídeo.
"A imprensa, quase toda de esquerda, está botando no meu colo a ação desse cara que atirou e não morreu. A esquerda politizou o negócio."
O presidente reclamou de estar sendo questionado sobre seus atos e discursos anteriores. Os irmãos de Arruda disseram a ele não admitir que a esquerda use essa morte como "palco de política". Afirmaram, ainda, saber "qual lado começou" a disputa, numa referência ao atentado a faca sofrido por Bolsonaro, na campanha de 2018. Eles também declararam apoio à reeleição do presidente.
.O contato entre o presidente e os parentes de Arruda foi promovido pelo deputado Otoni de Paula (MDB-RJ), vice-líder do governo na Câmara. Segundo o deputado, os irmãos José Arruda e Luiz Arruda sinalizaram intenção de voar a Brasília para conversar com Bolsonaro. O encontro pode ocorrer na próxima quinta-feira, dia 14.
"Recebemos a informação de que a família não era apenas petista, que era uma família plural e que tinha bolsonaristas também. Então, o presidente me pediu para vir a Foz do Iguaçu, em nome dele, localizar a família, e o presidente conversou com eles, que estão dispostos a ir a Brasília, só falta fechar alguns detalhes", afirmou Otoni ao Estadão.