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Publicitário revela suposta ligação entre o PT e o PCC em delação, aponta revista


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Marcos Valério disse como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar membros do partido

Foto: Reprodução
Marcos Valério, principal operador do Mensalão

Marcos Valério revelou  uma suposta relação entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Primeiro Comando da Capital (PCC),

O publicitário Marcos Valério revelou, em delação premiada feita à Polícia Federal (PF), uma suposta relação entre o Partido dos Trabalhadores (PT) e o Primeiro Comando da Capital (PCC), a maior organização criminosa do Brasil.

Trechos inéditos da delação foram obtidos pela revista VEJA e divulgados na sexta-feira (1º). Em depoimento à Polícia Federal, Marcos Valério, principal operador do Mensalão, disse que o empresário Ronan Maria Pinto fazia chantagens e ameaçava o ex-presidente Lula para não revelar como funcionava o esquema de arrecadação ilegal de recursos para financiar membros do partido.

Segundo Valério, o PT recebia dinheiro de empresas de ônibus, de operadores de transporte clandestino e de bingos, que lavavam dinheiro para o PCC, verba que seria financiadora de campanhas do partido.

“Os bingos estariam lavando dinheiro do crime organizado e financiando campanha de candidatos a vereadores do PT e de deputados do PT em dinheiro vivo. E crime organizado leia-se PCC”, disse o publicitário no depoimento, conforme revelou a VEJA.

Ainda segundo a delação, que foi homologada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), o publicitário afirmou que o petista Celso Daniel, que foi prefeito de Santo André (SP) e assassinado em 2022, produziu um dossiê com o nome de todos os membros do partido que estavam sendo financiados ilegalmente.

Em agosto de 2019, interceptações telefônicas realizadas pela PF revelaram conversas em que um integrante do PCC afirmou que o PT tinha “um diálogo cabuloso” com a organização criminosa.

“Pra você ver, o PT com nois [sic] tinha diálogo. O PT tinha diálogo com nois cabuloso, mano, porque… situação que nem dá pra nois ficar conversado a caminhada aqui pelo telefone, mano. Mas o PT, ele tinha uma linha de diálogo com nois cabulosa, mano”, afirma Alexsandro Roberto Pereira, conhecido como “Elias”, segundo relatório da PF revelado pela TV Record, naquele ano.

Elias é um dos integrantes da facção que trabalham na arrecadação de fundos para a organização criminosa.

Um dia depois desta conversa ser revelada, o  promotor de Justiça Lincoln Gakiya, do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP), responsável por investigar o PCC, disse que não houve nenhuma negociação entre o partido e a facção.

No último dia 16, o Departamento Estadual de Investigações sobre Narcóticos (Denarc) pediu à Justiça o sequestro de bens do contador João Muniz Leite por suspeita de lavagem de dinheiro do crime organizado. O contador, que é ligado ao ex-presidente Lula, ganhou junto com a esposa 55 vezes em loterias federais somente em 2021.

Segundo a investigação, um dos prêmios da Mega-Sena, de R$ 16 milhões, foi dividido com o traficante de drogas Anselmo Becheli Santa Fausta, o Cara Preta, considerado um dos principais fornecedores de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

 

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Fonte: Redação CN Notícias, com informações da Revista VEJA
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