O Ministério de Minas e Energia descartou o risco iminente de desabastecimento de combustíveis no país, especialmente de diesel. O Comitê Setorial de Monitoramento do Suprimento Nacional de Combustíveis e Biocombustíveis, criado em março para acompanhar de perto o mercado de derivados, apontou que há estoques para 38 dias, ou seja, se não houver mais importação de diesel, os estoques, aliado à produção nacional, seria o suficiente para atender o mercado durante esse período.
A Petrobras vem alertando há muito tempo sobre esse risco, porém ele não é eminente, já que os estoques atenderiam o mercado até julho, mas é preciso ficar alerta. O segundo semestre é marcado por maior demanda por diesel, e, ao mesmo tempo, a oferta global do combustível foi afetada por pandemia em guerra entre Rússia e Ucrânia. A Petrobras atende cerca de 80% no mercado. Os outros 20% são abastecidos pelos importadores.
Para muitos, esse alerta sobre estoque de diesel reacende a discussão sobre a política de paridade e preços da companhia. Há, segundo especialistas, defasagem nos preços do diesel e da gasolina. Dessa forma, se não houver reajuste, em tese, as exportações podem diminuir.