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Padre pode ser preso a pedido da Polícia Federal


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O Padre Robson de Oliveira é alvo de pedido de prisão preventiva encaminhado ao STJ

Foto: Danilo Eduardo/AFIPE
O Padre Robson é um dos religiosos mais famosos e populares da Igreja Católica no Brasil

Um dos religiosos mais famosos e populares da Igreja Católica no Brasil e que é figura central em um escândalo de suposto desvio de dinheiro doado por fiéis em Goiás, padre Robson de Oliveira Pereira, de 47 anos, pode ser preso preventivamente por corrupção ativa. A prisão será decretada se o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatar o mais recente pedido feito pela Polícia Federal (PF).

O STJ informou ao Metrópoles, na sexta-feira (19/11), por meio da assessoria de imprensa, que não divulga informações sobre ações originárias em segredo de justiça, as quais estão sob o comando dos respectivos relatores, sob pena de prejuízo ao andamento das investigações.

O ministro-relator do novo pedido contra padre Robson, Benedito Gonçalves, ainda vai analisar a solicitação, protocolada pela PF na quarta-feira (17/11). Um áudio anexado ao processo indicaria compra de decisão de desembargadores favorável ao religioso na Justiça de Goiás, por R$ 1,5 milhão, em caso relacionado à aquisição da fazenda em Abadiânia, a 90 km de Goiânia.

A investigação da PF foi iniciada logo depois de o Tribunal de Justiça de Goiás (TJGO) remeter, em março deste ano, todo o processo para o STJ, que é o foro para investigação criminal contra desembargadores, por determinação de Gonçalves. A investigação teve origem na Operação Vendilhões, deflagrada em agosto de 2020, pelo Ministério Público de Goiás (MPGO).

O pedido de abertura da apuração preliminar partiu da subprocuradora-geral da República Lindôra Araújo. No documento, ela apontou que os indícios de corrupção “justificam a instauração de inquérito para que seja identificado com precisão o processo em relação ao qual teria sido supostamente paga a propina e os desembargadores que supostamente teriam recebido os valores indevidos”.

O suposto esquema de propina foi revelado em conversa gravada entre o padre e o advogado Cláudio Pinho, um de seus defensores, alvo de interceptação telefônica.

Em uma das conversas interceptadas, padre Robson teria se comprometido a desembolsar R$ 750 mil para divisão entre três desembargadores, que reverteram em segunda instância uma decisão desfavorável à AFIPE em processo relacionado à aquisição de uma fazenda.

Na conversa, o pároco concorda com a proposta do advogado Cláudio Pinho para pagamento de propina, que eles chamam de “apoio”, para conseguirem decisão favorável.

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Fonte: *Redação Cornélio Notícias, com informações do Portal Metrópoles
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