Mesmo vazias em função das medidas de isolamento impostas pelo governo, às ruas de Belo Horizonte (MG), ainda mostram que os impactos da pandemia de Covid-19 são bem mais fortes em grupos marginalizados.
É o caso das prostitutas da capital mineira, por exemplo. Com hotéis e boates fechados, elas acabam se arriscando nas ruas e se expondo ao vírus e a vários tipos de violência na tentativa de sustentar as famílias – e muitas não têm conseguido.
Por isso, elas paralisaram os trabalhos e vão fazer uma manifestação na próxima segunda-feira (5) para reivindicar que sejam incluídas no grupo prioritário da vacinação.
A intenção das prostitutas não é “furar a fila” da vacinação. Pelo contrário, o que elas querem é que autoridades municipais, estaduais e federais validem as reivindicações do grupo e tratem com a mesma seriedade com que recebem os pedidos de qualquer outro setor.
“Somos mulheres, mães e avós que estão no grupo de risco sim. Além de termos que levar [o vírus] para dentro de casa, há um preconceito de nos incluir e isso é uma violência contra a mulher”, pontua Cida Vieira, presidente da APROSMIG (Associação de Prostitutas de Minas Gerais).